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O Castelo de Tavira localiza-se na freguesia de Santiago, na cidade de Tavira, no distrito de Faro, na região do Algarve.
Numa posição dominante sobre a foz do rio Gilão, esta povoação e a sua fortificação desenvolveram-se como um importante porto marítimo.
No interior deste castelo é possível ter uma vista sobre a cidade de Tavira e a paisagem circundante até ao mar. Os restos do castelo de Tavira podem ser visitados gratuitamente de segunda a sexta-feira entre as 08h00 e as 17h00 e aos sábados, domingos e feriados entre as 10h00 e as 19h00.
História do Castelo de Tavira
A primitiva ocupação humana desta região remonta à Pré-História. Escavações arqueológicas permitiram perceber a existência de um troço de muralha fenícia do século VIII a.C. Quando a Península Ibérica foi invadida pelos romanos, a povoação (denominada Balsa), adquiriu uma importância estratégica, fruto da construção de uma ponte sobre o rio.
Os estudos arqueológicos remontam a povoação muçulmana ao século XI. As primeiras informações datam da primeira metade do século XII, quando era denominada at-Tabira. Nos documentos datados desta altura é referida a sua fortificação no contexto das lutas entre Amorávidas e almóadas, em 1168.
Tavira foi conquistada a 11 de junho de 1239 pelas forças de D. Paio Peres Correia, Mestre da Ordem de Santiago. Em 1242 D. Sancho II doou os domínios de Tavira à Ordem de Santiago. Durante o reinado de D. Dinis o castelo foi reparado, reforçado e a cerca da vila foi ampliada, conforme inscrição epigráfica.
No contexto da Guerra da Restauração D. João IV determinou obras de modernização do castelo medieval, reforçando a sua estrutura. A defesa da povoação foi complementada em 1672.
A estrutura do castelo de Tavira foi fortemente danificada pelo terramoto de 1755. A 16 de maio de 1939 as muralhas do Castelo de Tavira foram classificada como Monumento Nacional.
Características
O Castelo de Tavira é um exemplar de arquitetura militar, medieval e moderna de enquadramento urbano. As muralhas evidenciam diversas etapas construtivas, sendo que a mais antiga remonta ao período Almorávida, no final do século XI/início do século XIII. Neste período a fortificação adquiriu também os elementos principais, dos quais sobrevivem restos de muralhas em taipa. Uma nova etapa construtiva sucedeu-se, a partir do período romano. Assim, foi conferida a planta ovalada que ainda hoje é possível identificar e que, na Idade Média, atingiria cerca de cinco hectares.
Na área da atual alcáçova ainda se conserva uma torre albarrã, multifacetada e voltada a sul.