Este artigo é patrocinado por: «A sua instituição aqui» |
O Castelo de Castro Laboreiro localiza-se na vila e freguesia de Castro Laboreiro, no concelho de Melgaço, no distrito de Viana do Castelo.
Numa posição dominante no alto de um monte, os vestígios do castelo estão em terreno de difícil acesso, cuja subida requer algum esforço. Integrado no Parque Nacional da Peneda-Gerês, entre as bacias do rio Minho e do rio Lima, o castelo de Castro Laboreiro pode ser visitado gratuitamente.
História do Castelo de Castro Laboreiro
Esta região do Alto Minho foi ocupada por humanos desde a pré-história, como é possível observar por vários monumentos megalíticos existentes um pouco por toda a freguesia. Além disso, a ocupação parece estar associada ao traçado de várias estradas romanas.
Durante a Reconquista Cristã da Península Ibérica, Afonso III de Leão doou o domínio de Castro Laboreiro ao conde D. Hermenegildo no início do século XX. Durante este domínio o castro existente teria sido adaptado a castelo. Posteriormente voltou ao domínio muçulmano.
Em 1141 D. Afonso Henriques conquistou a povoação de Castro Laboreiro e reforçou a sua defesa em 1145. Assim, esta passou a integrar a linha fronteiriça dos domínios portugueses.
No início do reinado de D. Afonso III o castelo sofreu danos fruto da invasão de tropas do reino de Leão. Por volta de 1290, no reinado de D. Dinis, as defesas de Castro Laboreiro foram reconstruídas e assumiram o modelo atual.
Durante a Guerra da Restauração Baltazar Pantoja conquistou o castelo de surpresa. No contexto da Guerra Peninsular (1801) foi guarnecido por tropas e artilhado com quatro peças. Com a paz iniciou-se um processo de abandono e ruína.
A 27 de março de 1944 foi classificado como Monumento Nacional. Durante a década de 70 foram promovidos trabalhos de prospecção arqueológica. Entre 1979 e 1981 decorreu uma intervenção com o objetivo de limpar a consolidar o monumento.
Características
O castelo de Castro Laboreiro está erguido no alto de um monte a cerca de 1033 metros acima do nível do mar. Tem planta aproximadamente oval, adaptada ao terreno e orientada por um eixo norte-sul.
Com arquitetura românica, apresenta padrões góticos expressos na integração de cubelos e pequenos torreões nos panos da muralha da alcáçova. O conjunto do castelo tem:
- O centro militar integrado pela torre de menagem no centro da praça de armas e pela cisterna. Nos muros rasgam-se duas portas: a leste a Porta do Sol e a norte a Porta da Traição (também chamada de Porta do Sapo)
- Recinto secundário delimitado por um pano de muralhas orientado no sentido leste-oeste. O acesso é feito por uma ponte em arco pleno sobre pés direitos. A sua função era a de recolher gado e bens em caso de ameaça.
Atualmente, da fortificação medieval, é possível observar restos das muralhas, a torre de menagem e a uma velha cisterna. A Porta do Sol é visível do lado nascente e a Porta da Traição/Porta do Sapo no lado norte.