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O Castelo de Castelo de Vide situa-se na freguesia de Santa Maria da Devesa, no concelho de Castelo de Vide, no distrito de Portalegre.
Implantado no alto de uma colina a norte da Serra de São Mamede, desenvolve-se em altitudes na ordem dos 600 metros. O castelo revestia-se de importância estratégica, dada a sua proximidade com a fronteira.
O castelo está classificado como Monumento Nacional desde 23 de junho de 1910.
História do Castelo de Castelo de Vide
Castelo de Vide é uma povoação situada no trajeto da antiga estrada romana que conectava a capital Mérida.
Durante a época da Reconquista Cristã da Península Ibérica existem algumas evidências que associam a conquista por D. Afonso Henriques em 1148. Contudo, estas evidências não são comprovadas. Com certeza sabe-se que a povoação estava sob o domínio do reino de Portugal em 1232.
O infante D. Afonso recebeu do seu pai, D. Afonso III, o senhorio dos domínios de Arronches, Castelo de Vide, Marvão e Portalegre em 1273. O infante decidiu muralhar Castelo de Vide em 1279. Aires Pires Cabral determinou o reforço do castelo e a construção de uma nova cerca. Estes trabalhos foram concluídos em 1327 no reinado de D. Afonso IV.
Durante o reinado de D. Fernando a vila e o castelo foram entregues à Ordem de Avis. Já na regência de D. Pedro procedeu-se à defesa dos castelos da raia alentejana, incluindo o de Castelo de Vide. No contexto da Guerra da Restauração foram introduzidas modernizações ao castelo.
Na Guerra da Sucessão Espanhola a praça foi cercada e conquistada. Durante a Guerra Peninsular foi ocupada. Estes eventos levaram à destruição do castelo, que acabou desativado em 1823, o que acentuou o seu processo de degradação.
Após a classificação como Monumento Nacional em 1910 foram promovidas várias intervenções. Entre 1936 e 1948 foram reconstruídos os panos de muralha.
Características
O castelo apresenta planta quadrangular adaptada ao terreno. Os panos de muralha são reforçados por cinco torres quadrangulares e cubelos circulares. A Porta da Vila rasga-se no troço a leste, constituída por um amplo portal duplo que acede uma pequena praça de armas. No troço norte permanecem vestígios das mísulas de um antigo balcão e duas janelas. Entre duas das torres é possível identificar traços da alcáçova.
A torre de menagem dionisina foi parcialmente destruída por uma explosão de pólvora em 1705, a qual danificou a abóbada ogival de nervuras. Mais tarde, com o terramoto de 1755 voltou a sofrer danos. Esta torre apresenta uma sala de planta octogonal com aljube cilíndrico descentrado.
Os materiais básicos usados na fortificação são a pedra, o tijolo, a argamassa de cal e a terra.