Este artigo é patrocinado por: «A sua instituição aqui» |
O Castelo de Aljezur localiza-se na vila, freguesia e concelho de Aljezur, no distrito de Faro, em Portugal.
O monumento está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 29 de setembro de 1977. Situa-se em posição dominante sobre a vila e a ribeira de Aljezur, num cerro xistoso sobranceiro à vila. A partir deste local é possível observar uma vista panorâmica.
História do castelo de Aljezur
As mais recentes investigações arqueológicas revelaram que existiu uma ocupação primitiva desta localização na pré-história, nomeadamente na Idade do Bronze, na Idade do Ferro e durante o período do Império Romano.
Durante a invasão muçulmana da Península Ibérica, a ribeira de Aljezur era navegável. Por isso, esta povoação era um importante porto fluvial. É deste período, ainda antes do século X, que data a primeira fortificação. Esta tinha planta poligonal, troços de muralhas, uma torre com planta circular e cisterna. Nos séculos XII e XIII foram erigidas no interior do recinto estruturas habitacionais e dois silos. O castelo integrava o sistema defensivo almóada de Silves, que se estendia desde os concelhos de Lagoa e Albufeira até Aljezur e ao sul do litoral alentejano.
Com a conquista da região do Algarve por volta de 1246 a povoação e o seu castelo passaram para o domínio cristão. De facto, este foi o último castelo islâmico a ser conquistado pelos cristãos no Algarve, em 1249, durante o reinado de D. Afonso II. Durante o reinado de D. Dinis a povoação recebeu carta de foral, em 1280. Deste modo, iniciaram-se obras de conservação e reforço.
Mais tarde, o castelo perdeu a sua função militar e estratégica e foi abandonado, sendo registada a sua ruína em meados do século XV, em 1448.
No reinado de D. Manuel I, a Ordem de Santiago iniciou obras de reparação das muralhas. Contudo, a vila e os remanescentes da estrutura ficaram bastante danificados com o terramoto de 1755.
No contexto da comemoração do Centenário da morte do Infante D. Henrique, já no século XX, foram promovidas intervenções de restauro em várias fortificações algarvias, incluindo no castelo de Aljezur. As intervenções incluíram a reparação das muralhas, alteadas e recriadas em alguns trechos, preservando-se a caracterização original do monumento.
Características do castelo
O castelo de Aljezur tem planta poligonal irregular e conserva ainda duas torres distintas que sobressaem do que resta dos panos de muralha. A torre a norte é de planta circular e a torre a sul é de planta quadrada.
O castelo tem uma única abertura virada a nascente, que permite aceder ao seu interior algo rochoso, com cotas superiores às da muralha. Esta abertura é defendida por uma das torres. Ainda é possível observar a noroeste a construção de uma cisterna, com características da época, com porta em arco, abobadada e de forma cúbica. Na época, esta cisterna tinha uma função de reservatório das águas pluviais, uma estrutura essencial às necessidades quotidianas da população.
As pesquisas arqueológicas levadas a cabo ao longo dos anos colocaram a descoberto os silos escavados na rocha.