O “Golo de Prata” designa uma das formas utilizadas em tempos para desempatar um jogo de futebol e derivou da regra do “Golo de Ouro”. O “golo de prata” aplicava-se durante o período do prolongamento, mas tinha uma diferença substancial em relação à lei que a precedeu. No caso do “golo de ouro”, a equipa que marcasse primeiro durante o prolongamento venceria imediatamente o jogo. A inovação na nova regra “de prata” determinava que se uma das equipas marcasse um ou mais golos e chegasse ao fim da primeira parte do prolongamento em vantagem venceria a partida, não sendo disputada a 2ª parte.
De acordo com a UEFA, na voz de Mike Lee, director de comunicação do organismo, o sistema foi implementado na ideia de que seria “bom para os clubes, jogadores e adeptos e a solução para acabar com a injustiça do Golo de Ouro, que impossibilitava qualquer reacção da equipa que sofria o golo.”
O “golo de prata” entrou em vigor em 2003, no jogo da final da Taça UEFA (predecessora da Liga Europa) entre o FC Porto e Celtic Glasgow, em Sevilha. No entanto, a regra não teve efeito na partida, embora o jogo fosse decidido no prolongamento, sendo que a equipa portuguesa orientada por José Mourinho apenas resolveu o encontro na segunda parte do mesmo, pelo brasileiro Derlei. A partida terminou com o resultado de 3-2.
Contudo, a nova regra não esteve em vigor durante muito tempo, uma vez que no início do ano seguinte, em 2004, o International Board, organismo regulador das leis do futebol, decidiu abolir os golos de “ouro” e “prata” de todas as competições oficiais da FIFA e regressar aos prolongamentos clássicos e desempates por pontapés da marca de grandes penalidades
O “Golo de Prata” esteve ainda em vigor durante o Campeonato Europeu de 2004, tendo, por exemplo, a Grécia vencido o jogo das meias-finais frente à República Checa, graças a um “golo prateado” marcado pelo defesa Traianos Dellas. Os gregos viriam a conquistar a prova frente na final contra a selecção portuguesa.