Felis catus (gato)

O gato (Felis catus), ou gato-doméstico, é um mamífero pertencente à família dos felinos tal como o leão, o tigre e o leopardo, entre outros…

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Felis catus (gato)

Felis catus (gato)
Reino Filo Classe Ordem Família Género Espécie
Animalia Chordata Mammalia Carnivora Felidae Felis F. catus

 

Distrib. Geográfica Estatuto Conserv. Habitat Dieta Predação  Longevidade
Cosmopolita Vivem em associação com o ser humano Carnívoros 15 anos

 

Características Físicas
Anatómicas Grande variedade de formas e cores
Dimorfismo Sexual A pelagem das fêmeas pode ter até 3 cores ao contrário dos machos que só apresentam 1 ou 2 cores
Tamanho 23 até 41 cm
Peso 2,5 até 11 kg

O gato (Felis catus), ou gato-doméstico, é um mamífero pertencente à família dos felinos tal como o leão, o tigre e o leopardo, entre outros. Existe uma grande quantidade de raças felinas, entre 42 e 75, reconhecidas pelas várias associações felinas internacionais. Ao contrário do que se pode pensar, o gato doméstico não descende do gato-selvagem-europeu (Felis silvestris silvestris).

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Origem

Um grupo de cientistas analisou o DNA mitocondrial de mais de 200 gatos, incluindo gatos selvagens modernos e fósseis de gatos encontrados em diversos sítios arqueológicos e múmias egípcias. Os investigadores concluíram que a domesticação do gato terá acontecido em 2 tempos.

Terá iniciado há 9000 anos atrás no Próximo Oriente, na região do Crescente Fértil onde as populações humanas se sedentarizaram e começaram a viver da agricultura. As colheitas armazenadas pelos primeiros agricultores terão certamente atraído ratos que por sua vez atraíram gatos selvagens. Esses agricultores terão sido os primeiros a “domesticar” o gato de forma a tirar proveito da sua presença. No entanto, a domesticação não terá sido completa uma vez que não há sinais de controlo reprodutivo da espécie.

Centenas de anos mais tarde, no Antigo Egipto, o gato, por razões ainda desconhecidas, passou a ser muito popular, estando largamente representado na Arte Egípcia. Pensa-se que foi nessa altura que se deu a segunda vaga de domesticação do gato, sendo seleccionados exemplares talvez segundo critérios de docilidade.

Ao comparar as amostras de DNA dos fósseis do Antigo Egipto com as do Próximo Oriente, os investigadores concluíram que, embora fossem da mesma espécie, Felis silvestris lybica (gato selvagem do Próximo Oriente), os gatos do Antigo Egipto pertenciam a uma sub-linhagem distinta.

Com a expansão do império romano, esses gatos espalharam-se para fora de África, pela Europa e sudoeste asiático, transportados nos barcos de forma a conter a proliferação de ratos.

Ambas as sub-linhagens contribuíram para a base genética do gato doméstico moderno, no entanto, a sub-linhagem do Antigo Egipto é a mais comum no mundo. O gato doméstico moderno é geneticamente muito próximo do gato selvagem; fisicamente possui apenas patas mais curtas; consequentemente, o facto de ter sido verdadeiramente domesticado é um tema ainda controverso.

Anatomia e fisiologia do gato

O gato é um carnívoro solitário perfeitamente adaptado para a caça de pequenos animais.

A visão é o sentido mais importante deste felino. Possui, atrás da retina, um tecido chamado tapetum lucidum que permite amplificar a fraca luminosidade nocturna até 50 vezes. O gato vê perfeitamente a longa distância, conseguindo perceber o mínimo movimento. No entanto, a sua visão ao perto é fraca pelo que, nesse caso, é substituída pelo olfacto e pelas vibrissas.

A audição do gato também é bem desenvolvida permitindo-lhe ouvir os ultrassons.

O olfacto é um sentido muito importante na comunicação entre indivíduos. O nariz do gato possui glândulas, denominadas glândulas de Bowman, que produzem uma secreção que dilui as partículas e que fazem com que o gato tenha uma acuidade olfactiva 50 a 70 vezes superior à do humano.

O tacto é muito desenvolvido no gato. Através deste sentido, ele consegue  sentir variações muito pequenas em pressão ou temperatura. As zonas mais sensíveis são as patas e especialmente as almofadas plantares, a região anogenital e a face. Os bigodes do gato, ou vibrissas, funcionam como um radar, permitindo-lhe “ver” num ambiente completamente escuro. Através das vibrissas, o gato consegue sentir as mínimas vibrações do ar provocadas pela movimentação de outros seres vivos assim como identificar a presença de objectos à sua volta. Se as vibrissas forem cortadas, os movimentos precisos e ágeis do gato são comprometidos e consequentemente a sua sobrevivência na natureza.

O sentido do paladar é muito menos desenvolvido no gato do que no cão (Canis lupus familiaris) ou no ser humano. O gato é muito sensível ao sabor amargo, insensível ao doce e moderadamente sensível ao azedo e ao salgado.

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References:

  • Cat domestication: From farms to sofas. (2017). Nature Ecology & Evolution, 1, p.0202.
  • Ncbi.nlm.nih.gov. (2018). Felis catus Taxonomy. [online] Available at: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/Taxonomy/Browser/wwwtax.cgi?id=9685 [Accessed 29 Nov. 2018].
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