Compostagem

A compostagem é um processo biológico em que a matéria orgânica (por exemplo, folhas e restos de comida) sofre uma transformação por microorganismos heterotróficos aeróbios resultando no composto, um material muito semelhante ao solo. Este composto orgânico é considerado o adubo mais natural existente e é rico em substâncias nutritivas e minerais. Possui ainda fungicidas naturais e organismos benéficos que ajudam a eliminar agentes patogénicos no solo e nas plantas. O composto também melhora a estrutura dos solos, tornando-os menos vulneráveis à erosão e actua como uma “esponja”, ajudando assim a reter a água e a diminuir por sua vez, a quantidade de água necessária na rega. Este composto pode ser aplicado em vasos, sementeiras, hortas e jardins.

Este processo é fácil de aplicar e é um método importante para reduzir resíduos urbanos biodegradáveis que de outra forma são encaminhados para os aterros sanitários. Qualquer pessoa pode fazer compostagem doméstica na sua casa. E este processo não exige grandes despesas com equipamento ou manutenção.

Como fazer

Compostor

Compostor

1. Deve escolher o recipiente (compostor) mais adequado ao local onde ocorre a compostagem. Se for no quintal ou jardim pode utilizar paletes, redes, um recipiente de madeira ou simplesmente formar uma pilha com os resíduos orgânicos. Caso faça a compostagem no interior da casa ou numa varanda pode utilizar recipientes de plástico próprios ou adaptados por si.

2. Colocar os resíduos orgânicos mantendo uma proporção de 50% de materiais “verdes” – ricos em azoto – e de materiais “castanhos” – ricos em carbono, de forma a obter uma boa relação de carbono/azoto para obter um composto equilibrado.

3. Deixar que o processo ocorra remexendo regularmente de forma a permitir o arejamento e tendo atenção à humidade.

4. O composto estará pronto quando deixar de haver resíduos por decompor e se já tiver um aspeto de terra e cheiro a húmus.

Factores importantes na compostagem

  • Temperatura: na decomposição da matéria orgânica há libertação de calor, fazendo variar a temperatura no compostor; se ao mexer no composto a temperatura não subir, pode indicar que o processo já terminou.
  • Carbono/Azoto: estes são os elementos mais importantes durante a decomposição, devendo-se colocar quantidades iguais de materiais ricos em carbono e materiais ricos em azoto.
  • Tamanho dos resíduos: quanto mais pequenos forem os materiais utilizados, mais rápido será o processo de compostagem.
  • Tamanho do compostor: a pilha não dever ser demasiado pequena (para manter a temperatura desejada) nem demasiado grande (senão não permite o arejamento).
  • Humidade e arejamento: o composto necessita de manter uma humidade entre 40% a 65% (deverá assemelhar-se a uma esponja húmida) e um bom arejamento é essencial para fornecer oxigénio aos organismos responsáveis pela decomposição.

Vermicompostagem

É outra técnica de compostagem que consiste na utilização de minhocas na degradação dos resíduos orgânicos. Deste processo resulta um composto de qualidade elevada, usando menos espaço e tempo. Uma minhoca consome diariamente o equivalente ao seu peso em matéria orgânica. Assim, em condições ótimas, um quilograma de minhocas consome diariamente um quilograma de matéria orgânica. É assim, um método prático e natural de acelerar a decomposição. Esta é uma opção a considerar por quem vive em apartamentos ou não possui quintal/jardim por ser necessário menos espaço.

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References:

Godinho, C., Gonçalves, G. (2010) Manual de Boas Práticas Compostagem. Castro Verde: LPN –  Centro de Educação Ambiental do Vale Gonçalinho

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