Ciclo do Azoto

Apresentação do Ciclo do Azoto – Grande parte da atmosfera é composta por azoto ou nitrogénio (N2), elemento representante de cerca de 3% da massa (…)

Apresentação do Ciclo do Azoto

Grande parte da atmosfera é composta por azoto ou nitrogénio (N2), elemento representante de cerca de 3% da massa total da biosfera. Como a hidrosfera e a litosfera contém uma percentagem ínfima de azoto, este elemento é essencialmente obtido a partir da atmosfera. Como são poucos os organismos capazes de utilizar directamente o azoto atmosférico, é necessária a intervenção de diferentes processos de transformação do azoto (fixação, nitrificação, amonificação e desnitrificação) para a passagem de um compartimento para outro.

Fixação do Azoto

Os microorganismos presentes no solo captam o azoto atmosférico e fixam-no na forma de compostos inorgânicos. Alguns destes microorganismos vivem em simbiose com raízes de plantas, enquanto outros como bactérias pertencentes ao género Azotobacter ou Clostridium, têm vida livre. O amoníaco (NH3) é o primeiro produto a ser formado por este processo.

Nitrificação

Como o amoníaco não é normalmente metabolizado pelos seres vivos é necessário que ocorra a sua conversão em NO3 (nitrato) – nitrificação. A nitrificação ocorre em duas etapas. Inicialmente, as bactérias do género Nitrossomas transformam o amoníaco em nitrito (NO2), e depois as do género Nitrobacter transformam o nitrito em nitrato. O nitrato presente no solo circula pelas águas subterrâneas, passando assim, para os sistemas aquáticos.

Amonificação

Os nitratos são absorvidos pelas plantas e compõem os seus compostos orgânicos, como os aminoácidos. São, assim, a base para a produção das proteínas dos vegetais e dos animais que os consomem. A produção das proteínas produz resíduos nitrogenados que devem ser degradados. A mineralização (processo pelo qual uma substância orgânica é convertida numa substância inorgânica) do nitrogénio orgânico origina amoníaco, através da intervenção de fungos e bactérias.

Desnitrificação

É a reconversão dos nitratos (NO3) em azoto (N2), pela intervenção de fungos e bactérias do género Pseudomonas, em condições de anaerobiose (ausência de oxigénio), sobretudo em solos pouco arejados e eutróficos (com elevado teor de matéria orgânica).

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