A violência comunitária diz respeito à agressão e à marginalização contra pessoas que vivem em situação de rua.
Segundo os trabalhos levados a cabo por Moura, Ximenes e Sarriera (2013) a violência comunitária acontece com frequência contra indivíduos que vivem em situação de rua e cuja vida é vista de forma discriminatória, depreciativa e opressora.
Devido à discriminação que origina esta violência, estas pessoas são marginalizadas e desenvolvem complexos de inferioridade em relação às outras, estigmatizando-as e colocando-as constantemente em risco de serem agredidas (Moura, Ximenes, & Sarriera, 2013).
Quando se fala de pessoas em situação de rua que se encontram mais sujeitas a violência comunitária do que as outras, diz respeito aos indivíduos que, pela sua aparência suja, com sacas carregadas, odor suado, comportamento por vezes desadequado e muitas vezes, portadoras de doenças, provocam nos outros a tendência para o afastamento e a marginalização (Moura, Ximenes, & Sarriera, 2013). Habitualmente estas pessoas vivem no espaço público, pois não têm casa (Moura, Ximenes, & Sarriera, 2013).
É comum que a violência praticada contra os mesmos leve à privação dos direitos humanos que lhes deviam assistir, o que os faz experimentar insegurança e exploração (Moura, Ximenes, & Sarriera, 2013).
Conclusão
Verifica-se que são poucos os estudos relacionados com a violência comunitária, uma vez que a mesma está, principalmente, associada a pessoas que vivem nos espaços públicos, porque são sem abrigo e em relação às quais a sociedade ainda manifesta um grande tabu. Isto demonstra que os programas de intervenção comunitária junto destas pessoas ainda devem ser bem estudados, trabalhados e colocados em prática para que o flagelo dos casos de violência possa, finalmente, entrar em declínio, uma vez que falamos da invasão dos direitos humanos destes indivíduos.
References:
- Moura, J.F, Ximenes, V.m, & Sarriera, J.C. (2013). Práticas de discriminação às pessoas em situação de rua: histórias de vergonha, de humilhação e de violência em Fortaleza, Brasil. Revista de Psicologia Universidade de Chile. 2013, 22(2), 18-28. Disponível em https://auroradechile.uchile.cl/index.php/RDP/article/view/30850/32789.
