Violência conjugal

A violência conjugal diz respeito a crimes de agressão em função do género, com caris de crime de saúde pública.

A violência conjugal diz respeito a crimes de agressão em função do género, com caris de crime de saúde pública. A grande parte das vezes atinge graus de gravidade altos o que pode até mesmo resultar em morte da vítima.

Em estudos recentes, Macarini e Miranda (2018) distinguem a violência conjugal como aquela que se associa a relações amorosas heterossexuais, uma vez que diferem da violência doméstica e da violência intrafamiliar.

Segundo os estudos elaborados por Oliveira e Souza (2006) a violência conjugal, em tempos, dizia respeito a questões pessoais do casal que podem ser de ordem física e/ou psicológica, no entanto, com a evolução dos tempos, passou a ser considerada uma questão, não só social, como ainda de caris de saúde pública.

Do ponto de vista legal, a violência conjugal faz um paralelismo com o feminicídio devido ao aumento exponencial de assassinatos de mulheres às mãos de companheiros ou ex companheiros o que fez necessário considerar este crime como hediondo face à gravidade do mesmo (Macarini, & Miranda, 2018).

Na década de 80, era um crime pautado pelo assassinato de mulheres às mãos dos maridos ou ex maridos, de forma cruel, por questões de “honra”, pelo que acabou por levantar fervorosamente o movimento feminista acerca da “violência contra a mulher” (Oliveira, & Souza, 2006).

Contudo, não podemos deixar de referir que também os homens são vítimas de violência conjugal, em situações nas quais as mulheres colocam a sua virilidade e a sua capacidade para suprir as necessidades do lar (Oliveira, & Souza, 2006).

Estas concepções procuram relacionar a violência conjugal com a questão do género, uma vez que cada um tem o seu papel específico na relação (Oliveira, & Souza, 2006).

Alguns estudos especificam a violência conjugal segundo o género devido ao facto de ainda existirem desigualdades sociais bastante evidentes, conforme o lugar que cada um dos géneros ocupa na sociedade (Macarini, & Miranda, 2018).

Conclusão

A violência conjugal faz-se sentir como um fenómeno preocupante devido ao caris social e de saúde pública cujas proporções alcançou. Em grande parte das vezes, acaba em homicídio ou feminicídio, uma vez que se associa a questões predominantemente de género pelo facto de ser, habitualmente, exercida de homens contra mulheres, grande parte das mesmas, por questões de “honra”. Não podemos também deixar de referir que, apesar de os dados demonstrarem maioritariamente as mulheres como vítimas e os homens como agressores, existem também registos que mostram o oposto, quando a virilidade e capacidade de governar a casa, são colocadas em causa, pelas mulheres para com os homens.

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References:

  • Macarini, Samira Mafioletti, & Miranda, Karla Paris. (2018). Atuação da psicologia no âmbito da violência conjugal em uma delegacia de atendimento à mulher. Pensando familias, 22(1), 163-178. Recuperado em 19 de dezembro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2018000100013&lng=pt&tlng=pt.
  • Oliveira, D.C, & Souza, L. (2006). Gênero e violência conjugal: concepções de psicólogos. ESTUDOS e PESQUISAS EM PSICOLOGIA, UERJ, RJ, ANO 6, N. 2, 2º SEMESTRE DE 2006.
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