Crianças vítimas de violência doméstica

Crianças vítimas de violência doméstica são sujeitas a todo o tipo de agressão seja ela física, emocional ou psicológica.

Crianças vítimas de violência doméstica são sujeitas a todo o tipo de agressão seja ela física, emocional ou psicológica. A violência pode acontecer através de maus tratos, abandono ou negligência por parte dos cuidadores.

De acordo com os estudos levados a cabo por Deslandes (1994) quando se fala de crianças vítimas de violência doméstica, a maioria das vezes, o flagelo acontece em âmbito familiar, seja ele de forma física, sexual, psicológica, por abandono ou negligencia, maus tratos, entre muitos outros.

No entanto, nem sempre este tipo de crime foi visto como tal, sendo que só se começou a falar em violência contra crianças a partir dos finais do século XIX, sendo que só mais tarde, já no século XX se começou a falar, inclusive, da síndrome da criança espancada (Deslandes, 1994).

Após vários estudos e pesquisas acerca do assunto, muitos foram os países onde se passou a reconhecer a violência doméstica contra crianças como forma de maus-tratos e até mesmo problema de saúde pública (Deslandes, 1994).

Uma das questões mais graves apontadas relacionadas com o tema, é o facto de a violência doméstica trazer danos muito graves para o desenvolvimento destas crianças, pelo que se tornou imperativo organizar programas de prevenção para minimizar ao máximo este tipo de crime (Deslandes, 1994).

Estratégias de coping utilizadas pelas crianças

Os estudos indicam diferentes tipos de estratégias de coping utilizados pelas crianças para lidar com a violência doméstica de que são vítimas, dependendo, maioritariamente, do género (Lisboa, Koller, Ribbas, Bittencourt, Oliveira, Porciuncncula, & Marchi, 2002). Convém referir que estas diferenças se podem notar mais na adolescência do que na infância visto que, tanto ao nível cognitivo como comportamental ou emocional, ainda na fase infantil, não se verificam grandes diferenças (Lisboa et al, 2002).

Já na fase da adolescência, no caso dos rapazes é mais comum verificar-se acessos de agressividade, entrando mais facilmente em conflitos e utilizando a força física. No caso das raparigas a agressividade é mais orientada para a hostilidade verbal, ou buscam apoio social (Lisboa et al, 2002).

Conclusão

Crianças vítimas de violência doméstica são mais propícias a sofrer consequências agravadas no seu desenvolvimento devido a todo o tipo de violência a que são sujeitas. A violência doméstica contra estas crianças pode ser de todo o tipo, física, psicológica, por negligencia ou abandono, entre outras. Na maioria das vezes, verifica-se ainda que a criança desenvolve diferentes tipos de estratégia de coping para encarar o problema, de acordo com o género masculino ou feminino, principalmente, a partir da fase da adolescência.

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References:

  • Deslandes, S.F. (1994). Atenção a crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica: análise de um servili. SCIELO PUBLIC HEALTH. Disponível em https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0102-311X1994000500013&script=sci_arttext&tlng=es;
  • Lisoa, C, Koller, S.H, Bittencourt, K, Oliveira, L, Porciunnucula, L.P, & Marchi, R.B. (2002). Estratégias de Coping de Crianças Vítimas e Não Vítimas de Violência Doméstica. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2002, 15(2), pp. 345-362.
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