Comportamento sexual de risco é aquele se é feito de forma inadequada e que gera consequências negativas que podem comprometer significativamente a vida do indivíduo.
Os estudos consideram comportamento sexual de risco, aqueles em que se verificam relações sexuais sem preservativo ou com a utilização errada do mesmo, sob o efeito de álcool ou de drogas ilegais, múltiplos parceiros sexuais, entre outros (Campo-Arias, & Ceballo, 2010). Quando acontece na adolescência, muitas vezes é levado para a vida adulta, o que faz, igualmente, com que o comportamento sexual nessa fase de desenvolvimento, também não seja o mais ajustado (Gaspar, Matos, Gonçalves, Ferreira, & Linhares, 2006).
Um dos problemas mais graves associados ao comportamento sexual de risco prende-se com a gravidez não planeada, principalmente na adolescência, sendo que a mesma já se tornou, inclusive, um problema de saúde pública (Campo-Arias, & Ceballo, 2010).
São vários estudos que reforçam esta ideia, referindo ainda que os adolescentes iniciam a vida sexual cada vez mais cedo, de forma precoce, o que também se trata de um comportamento sexual de risco (Gaspar, Matos, Gonçalves, Ferreira, & Linhares, 2006).
No que diz respeito ao tipo de população que pratica este tipo de comportamento sexual, encontramos características associadas a questões familiares, individuais, culturais, que influenciam a construção da personalidade (Campo-Arias, & Ceballo, 2010). Neste sentido são referidas características como nível sócio económico (NSE) baixo, minorias étnicas e minorias raciais, preconceito, intolerância, famílias mono parentais, entre outros (Gaspar, Matos, Gonçalves, Ferreira, & Linhares, 2006).
Normalmente, e focando na personalidade, verifica-se que o enveredar por um comportamento sexual de risco está significativamente ligado à procura de prazer e de novidade, ao mesmo tempo que se procura acabar com a dor (Campo-Arias, & Ceballo, 2010). Por estes motivos, a educação sexual torna-se cada vez mais emergente, especialmente em populações adolescentes no sentido da prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DST) (Campo-Arias, & Ceballo, 2010).
Conclusão
De acordo com a literatura acerca do tema, o comportamento sexual de risco acontece maioritariamente na adolescência e associa-se à prática de relações sexuais sem proteção, com diversos parceiros e, muitas vezes, originando gravidez não planeada. A maior incidência do mesmo é verificada junto d populações mais carenciadas, minorias étnicas ou com poucos estudos.
Devido a estes motivos é necessário que se invista com maior foco na questão da educação sexual no sentido de promover comportamentos sexuais ajustados para que esta situação se possa inverter.
References:
- Campo-Arias, Adalberto, Ceballo, Guillermo Augusto, Herazo, Edwin, Prevalência do padrão de comportamento de risco para a saúde sexual e reprodutiva em estudantes adolescentes. Revista Latino-Americana de Enfermagem [en linea] 2010, 18 (Abril-Sin mes) : [Fecha de consulta: 6 de agosto de 2019] Disponible en:<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=281421932005> ISSN
- Gaspar, Tania, Matos, Margarida Gaspar de, Gonçalves, Aldina, Ferreira, Mafalda, & Linhares, Filipa. (2006). Sexual behaviour, knowledge and attitudes about HIV/AIDS in migrant adolescents. Psicologia, Saúde & Doenças, 7(2), 299-316. Recuperado em 06 de agosto de 2019, de http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862006000200011&lng=pt&tlng=en.