Timo

O timo é um órgão linfoide primário bilobado, envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo denso e que se encontra no mediastino anterior, na caixa torácica. Os dois lobos dividem-se em lóbulos, separados por trabéculas.

Cada lóbulo apresenta uma zona cortical (com maior quantidade de linfócitos T ou timócitos), que envolve a zona medular (maior percentagem de células reticulares epiteliais). Ambas as zonas possuem os mesmos tipos de células, linfócitos T, células reticulares epiteliais, macrófagos, entre outras, mas em diferente concentração. Em relação aos linfócitos T, acredita-se que a sua maturação ocorre deste a zona cortical para a zona medular, uma vez que na primeira são encontradas células imaturas a dividirem-se e na segunda as células já se encontram num estado avançado de maturação. Depois de completamente desenvolvidos, os linfócitos T são libertados na corrente sanguínea, migrando para os órgãos linfáticos secundários.

As células reticulares epiteliais constituem o retículo da zona cortical e da zona medular, formam também uma camada em volta dos vasos sanguíneos e do próprio timo, internamente ao tecido conjuntivo da cápsula, constituem os corpúsculos de Hassal (cuja função ainda não é conhecida, apesar de aparentarem ser constituídos por células epiteliais degeneradas), que estão presentes apenas na zona medular.

O timo possui uma barreira hematotímica, formada por várias estruturas, que dificulta a passagem de antigénios presentes no sangue. Esta barreira só está presente na zona cortical, na qual se estão a diferenciar os linfócitos T. Este órgão linfoide é também responsável pela produção de alguns fatores envolvidos na proliferação e diferenciação dos linfócitos T, para além de estar sujeito à influência de várias hormonas, como algumas produzidas pela glândula adrenal.

O timo encontra-se bastante desenvolvido na altura do nascimento, continuado a aumentar de tamanho até à puberdade. Após essa fase, este órgão começa a atrofiar, mas mantém-se funcional num adulto. No entanto, o timo não é uma fonte primordial de linfócitos T.

 

 

 

Referências Bibliográficas:

Cruse, J. M., & Lewis, R. E. (2004). The Thymus and T Lymphocytes. Atlas of Immunology (2nd ed., pp. 251-284). Boca Raton, FL, United States of America: CRC Press.

Junqueira, L. C., & Carneiro, J. (2008). Sistema imunitário e órgãos linfáticos. Histologia Básica: texto|atlas (11ª ed., pp. 254-282). Rio de Janeiro, Brasil: Guanabara Koogan.

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