Análise da concorrência é um estudo que identifica os principais concorrentes de uma determinada empresa, as suas estratégias, pontos fortes e pontos fracos, entre outras informações competitivas que permitem obter um conhecimento mais sistematizado do mercado em que uma empresa se insere, permitindo-lhe assim tomar decisões com maior grau de segurança.
A análise da concorrência consegue avaliar se o mercado cresceu ou está maduro, conhecer o comportamento e antecipar as tendências do seu sector, reconhecer as estratégias vencedoras, nomear os principais concorrentes, encontrar novas oportunidades e identificar riscos.
Importância e vantagens da análise da concorrência
Uma análise da concorrência é tão importante como uma análise ao próprio negócio, isto porque só as empresas que sabem exatamente o que e como é que o concorrente vende, é que se diferenciam. E esta é a principal vantagem da análise da concorrência: analisar, não para copiar, mas sim para se diferenciar.
Por outro lado, a análise da concorrência, além de capacitar o gestor de forma a que este melhor compreenda a situação do mercado e saiba como se comportar para poder competir de forma saudável e ética, também lhe possibilita aprender com os negócios rivais. É através de uma análise à concorrência que uma empresa consegue aperfeiçoar os seus pontos fortes, melhorar os fracos e detetar e solucionar tudo o que não está a correr bem dentro da sua própria empresa.
Mas analisar a concorrência não serve só para saber como as ações dos outros empreendedores poderão ter impacto num negócio em particular, serve também para retirar boas lições sobre o que não fazer.
Este é, sem dúvida, um recurso fundamental para qualquer negócio, particularmente para os que estão prestes a serem lançados no mercado.
Como fazer uma análise da concorrência?
Para analisar a concorrência (número de concorrentes, características dos principais concorrentes, etc) e seus produtos ou serviços (posicionamento, preço, notoriedade, etc) deve-se atender às características genéricas da estrutura concorrencial, identificando os pontos fracos e pontos fortes dos principais concorrentes.
É indispensável ganhar um conhecimento profundo das ações da concorrência, sendo também útil prever alguns aspetos do comportamento futuro.
Eis os pontos a considerar:
- Principais concorrentes (empresas que têm como alvos os mesmos segmentos de mercado que a empresa em causa).
- Quota de mercado que a marca detém (e pretende deter). Esta pode ser definida, por exemplo, dividindo o número total de unidades que a empresa vendeu pelo total de unidades vendidas no mercado (entre a empresa em causa e todas as concorrentes). Trata-se de definir a percentagem de mercado que determinada empresa controla e é também importante analisar os condicionalismos externos à obtenção da quota prendida.
- Volume de negócios. Conhecer o volume de negócios dos concorrentes é importante para aferir quais as suas capacidades e dimensões.
- Crescimento anual. Nada como perceber qual a estratégia de desenvolvimento da concorrência. Ver se cresce mais que o mercado e mais que os concorrentes, por exemplo.
- Imagem de marca. Análise sobre a forma como quer ser vista a concorrência e qual o seu posicionamento no mercado.
- Notoriedade de cada marca concorrente. Aqui convém pedir ajuda a empresas especializadas em estudos de mercado porque o ideal é fazer um estudo de mercado para verificar até que ponto é que cada uma das marcas concorrentes é reconhecida pelos consumidores.
- Métodos de distribuição. Verificar quais os canais de distribuição que a concorrência utiliza.
- Técnicas de comunicação. Inspecionar a forma como a concorrência comunica com os seus concorrentes e diferentes públicos.
- Meios comerciais. Averiguar a forma como são efetuadas as vendas na concorrência.
- Política de preços. Ver como se definem os preços dos produtos ou serviços concorrentes.
- Política de produto/serviço. Verificar se a concorrência aposta frequentemente em novos produtos ou serviços, se possui todas as gamas ou está dependente de um único modelo, etc.
- Posicionamento estratégico da empresa em relação à concorrência. Em geral uma empresa opta por quatro tipos de posicionamento, que dependem da dimensão das necessidades satisfeitas dos consumidores e da análise da dimensão temporal da empresa. São eles:
- Penetração
Consiste na conquista de quota de mercado à concorrência, num mercado cuja dimensão atual é limitada e as necessidades satisfeitas são restritas e específicas.
- Diversificação
Trata-se de alargar os negócios da empresa a novas categorias de produtos e serviços que satisfazem as mesmas necessidades dos clientes (produtos substitutos) e de criar extensões das marcas atuais da empresa. É um tipo de posicionamento frequente nos mercados atuais, muito amplos.
- Especialização
É o posicionamento típico das empresas cujo mercado futuro em que atuam é limitado, ou seja, focam-se nos produtos que vendem e tentam melhorá-los, bem como os canais e formas de distribuição.
- Expansão
Sempre que uma empresa prevê que o mercado em que atua tem ainda fortes probabilidades de crescimento no futuro, pode optar pela diversificação dos produtos existentes e pela expansão para novos mercados com novos produtos.
- Política de marketing-mix. Consiste em identificar as políticas praticadas pelos concorrentes em relação aos designados 4 P’s do marketing: produto (product), comunicação ou promoção (promotion), distribuição (placement) e preço (price).
Depois de investigados estes pontos, a empresa que levou a cabo a análise ficará com uma visão bastante clara da sua concorrência, sendo que em paralelo poderá também fazer uma análise SWOT.