Cortegaça, Ovar, Portugal

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Apresentação freguesia de Cortegaça

Cortegaça é uma vila e uma freguesia portuguesa do concelho de Ovar localizada no distrito de Aveiro, na região norte e sub-região do Baixo Vouga. Este território tem 10,12 km² de área e 3 837 habitantes,  de acordo com os censos de 2011.

De acordo com o historiador Armando Cortesão, a toponímia “Cortegaça” deriva do latim “Cortegacia”, de “corticatia”, relacionado com “cortex”, ou seja, cortiça. Esta ideia demonstra que durante o repovoamento das Terras de Santa Maria os colonos que se fixaram nesta região de Entre Douro e Vouga colocaram-lhe este nome pela abundância de matas de soutos, sobreiro e castanheiro.  Já para o historiador Armando de Almeida Fernandes, a toponímia deriva de “cohorte”, “coorte” e “corte”, no sentido de curral, redil, arribana, lugar onde se guardava o gado.

História

As origens desta povoação remontam à Reconquista Cristã da Península Ibérica, nos séculos IX e X, associada ao repovoamento das terras de Santa Maria, quando a área da atual vila as integrava, inscrita na Diocese do Porto.

A “villa de cortegaza” é citada numa doação de bens à Igreja de São João Baptista, junto de Souto Redondo, no território do Condado Portucalense. A data, 773, acredita-se ser um lapso do copista do chamado “Livro Preto” ao transcrever o documento, conforme estudo do padre Miguel de Oliveira, que acredita que 973 seria o ano correto. Verifica-se ainda que a “villa de Corthegada”; mencionada na doação de 922 diz respeito a São Miguel, na freguesia de Olival, concelho de Vila Nova de Gaia.

Nas Inquirições de 1258, no reinado de Afonso III, apesar de figurarem praticamente todas as freguesias das Terras de Santa Maria, os casais de “honra” de Cortegaça não constam. Na altura, o Mosteiro de São Salvador de Grijó possuía alguns bens em Cortegaça, mas foi principalmente no século XIII que recebeu as mais valiosas heranças. O Mosteiro de Grijó passou assim a ter o direito de padroado sobre a Igreja de Cortegaça.  

As transformações político-sociais do final da Idade Média converteram as antigas honras em coutos. Cortegaça, honra desde o reinado de D. Sancho I, transformou-se em couto, privilégio que conservou até ao século XIX.

Com o fim da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), foi constituída a Câmara Municipal, que teve o auto de nomeação e posse da sua comissão lavrado em 13 de maio de 1834. A 23 de dezembro de 1875 foi anexada a Ovar.

Património edificado e natural

Em relação ao património edificado, em Cortegaça destaca-se a Igreja Matriz de Santa Marinha de Cortegaça, o antigo cemitério municipal, a Capela de Nossa Senhora da Nazaré de Cortegaça, a Capela de São José e o Monumento ao Cordoeiro.

Em termos de natureza, Cortegaça beneficia de uma localização costeira, com a praia de Cortegaça a tornar-se um destino de eleição para os amantes de praia, mas também para os praticantes de desportos náuticos, como surf e bodyboard. Destaca-se ainda a Mata do Buçaquinho, com um parque recentemente requalificado e transformado num espaço lúdico-pedagógico orientado para a preservação da natureza e sensibilização ambiental.

Brasão da vila

Cortegacao

O brasão é um escudo de prata, uma rede de pesca de vermelho e sobre ela a imagem de Santa Marinha, de túnica branca e manto vermelho, sustentando na mão direita uma cruz latina de negro e uma palma verde e na esquerda um livro aberto; aos seus pés está uma serpente alada de verde; a imagem assenta num pé de quatro faixas ondeadas de verde e prata e é acompanhada em chefe, à sua direita, de cinco escudetes das quinas de azul, cada um carregado de cinco bezantes de prata, os dois dos flancos apontados para o centro. A coroa mural é de quatro torres de prata e o listel é de prata com os dizeres VILA DE CORTEGAÇA a negro.

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