Kankkunen, Juha

Juha Kankkunen foi um dos melhores pilotos de ralis de sempre com quatro títulos mundiais alcançados com três marcas diferentes, feito que mais nenhum piloto alcançou.

Juha Kankkunen foi um dos melhores pilotos de ralis de sempre com quatro títulos mundiais alcançados com três marcas diferentes, feito que mais nenhum piloto alcançou.
Nascido a 2 de Abril de 1959 na Finlândia, Juha Kankkunen cresceu a ouvir os motores de carros de ralis todos os anos, visto residir perto de locais por onde passa o Rali dos Mil Lagos, na Finlândia, sendo que foi iniciado nestas andanças por influência do pai. Ainda assim, Timo Makinen ensinou Juha a conduzir o carro desde os 12 anos de idade e rapidamente ganhou habilidade e experiência para se estrear no Rali da Finlândia, em 1979 e, assim, estrear-se no campeonato mundial de ralis. Recorreu ao empresário Timo Jouhki que lhe garantiu a participação em várias provas, tendo conseguido, novamente, em 1982, participar na prova de casa e no Rali da Grã-Bretanha, mas com duas desistências. Ainda assim, as boas prestações asseguraram ao piloto francês, a entrada na equipa de fábrica da Toyota, conseguindo um sexto lugar na Finlândia e um sétimo lugar no Rali da Grã-Bretanha no ano de 1983. Em 1984, Kankkunen participa em quatro ralis mas apenas termina na sua terra natal, com um quinto lugar no Rali dos Mil Lagos mas as vitórias chegavam no ano seguinte, com duas vitórias em ralis do continente africano, Rali Safari e o Rali da Costa do Marfim. Com estes resultados, a equipa francesa da Peugeot deu-lhe a oportunidade de substituir o seu compatriota Ari Vatanen para ganhar o campeonato mundial de ralis. E foi uma aposta ganha pois Juha Kankkunen tornou-se campeão mundial, com três vitórias em ralis e mais três pódios numa edição com controvérsia, já que inicialmente, Markku Allen foi declarado campeão mundial devido a uma retirada dos carros do Grupo B, prejudicando Kankkunen. A Federação Internacional do Automóvel anulou essa decisão e assim Kankkunen foi declarado campeão. Por causa da retirada dos carros do grupo B, a Peugeot sai de cena em 1987 e dessa forma, Kankkunen vai para a equipa da Lancia, onde se torna bi-campeão mundial com duas vitórias e mais três pódios ficando o seu colega de equipa italiano Miki Biasion, no segundo posto e por isso, a equipa decidiu não renovar o contrato com o finlandês apesar de ser campeão mundial. Kankunnen passou os anos de 1988 e 1989 na equipa nipónica da Toyota. Foi um fracasso em 1988 porque o carro teve muitos problemas e no ano seguinte, já teve melhores resultados, ficando no terceiro lugar da classificação dos pilotos no mundial, com vitória no Rali da Austrália. Ainda assim, o finlandês tinha razões para festejar já que venceu a edição do Paris-Dakar em que se estreou, depois de Ari Vatanen estar na liderança e o carro que pilotava ter sido roubado. No ano de 1990, Sainz entra na Toyota e Kankkunen vai para a Lancia, onde já fora campeão em 1987. Revalida a vitória no Rali da Austrália e a presença em mais quatro pódios ao longo da temporada não chegam para o espanhol e o finlandês acaba no terceiro posto. Mas no ano seguinte, Kankkunen não dava hipótese à concorrência, sendo o novo campeão mundial com cinco vitórias em ralis ao longo do ano, destacando-se o triunfo no Rali da Finlândia pela primeira vez. Tornava-se o primeiro piloto com três títulos mundiais no currículo. Em 1992, tem uma temporada memorável, terminando todas as provas em que participou no pódio, ainda que apenas com uma vitória no Rali de Portugal, mas não chegou para evitar que Carlos Sainz se sagrasse campeão mundial. Com a Lancia a desistir do mundial de Ralis, Juha Kankkunen retorna à equipa da Toyota, em que Carlos Sainz já não fazia parte. Cinco vitórias em ralis deram-lhe o quarto título mundial ao finlandês e o segundo título consecutivo para a equipa nipónica. A partir daqui, não mais voltou a conquistar o campeonato mundial, ainda que tenha continuado a vencer ralis. Em 1994, ganha o Rali de Portugal e mais quatro pódios colocam o finlandês no terceiro posto da classificação dos pilotos. Os anos de 1995 e 1996 foram para esquecer. Em 1995, tem uma boa época na qual quase vence o seu quinto titulo mas uma ilegalidade com o turbo do carro faz com que os carros da marca nipónica sejam penalizados e acabem suspensos durante 12 meses. Em 1996, participou em três provas com equipas privadas da Toyota, com destaque para o segundo lugar no rali da terra natal. Em 1997 e 1998, integra a equipa da Ford com resultados bastante consistentes e uma regularidade notável mas sem vitórias, fazem com que termine as épocas como quarto classificado. A Subaru contratou Kankkunen para as temporadas de 1999 e 2000 e cada vez mais tinha dificuldade em acompanhar o ritmo dos adversários, sobretudo, em 2000, já que em 1999, conseguiu as suas duas ultimas vitórias em ralis. Para 2001, decidiu ajudar a Hyundai na evolução do seu carro para o mundial e nesse ano apenas participou no Rali da Finlândia e em 2002 esteve presente em ralis de terra batida, onde era especialista. A sua última prova ocorreu em 2010, com a equipa de desenvolvimento da Ford, onde alcançou o oitavo posto.

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