Gomes, Joaquim

Joaquim Gomes é uma das figuras incontornáveis da Volta a Portugal. Venceu duas edições da prova enquanto atleta e agora é o director da competição portuguesa.

Biografia de Joaquim Gomes

Joaquim Gomes foi um dos melhores trepadores nacionais nas décadas de 80 e 90. É um dos ciclistas que é indissociável da história da Volta a Portugal, da Torre e do ciclismo nacional, no geral. Correu em três décadas diferentes e foi profissional durante 17 anos.

Em 1986, começou na equipa de ciclismo do Sporting, onde esteve durante dois anos e se no primeiro ano foi de adaptação, o segundo ano já trouxe vitórias como no Grande Prémio Abimota, com etapa e geral para o ciclista lisboeta. Em 1988, dá-se o despontar do talento que o português tinha para as subidas e para as provas por etapas. Saiu do Sporting e foi para o Louletano-Vale do Lobo e conquistou diversas provas. Triunfou à geral na Volta ao Algarve, Grande Prémio do Minho e Volta ao Alentejo e isso colocava-o numa posição de liderança na equipa para a Volta a Portugal, compartilhando-a com o inglês Cayn Theakston e Marco Chagas, numa equipa de muita qualidade. Joaquim Gomes acabou no 3º posto da geral, ajudando o colega de equipa Cayn Theakston a chegar à vitória na prova. No ano seguinte, seria o português a chegar ao primeiro lugar na Volta. Numa edição com 22 etapas e correndo pela equipa da Sicasal-Torreense, Joaquim Gomes conquistou três etapas nessa edição de 1989, duas delas em contra-relógios. Ainda na equipa da Sicasal no ano de 1990, vence a prova do Grande Prémio Joaquim Agostinho, prova que antecipa a Volta a Portugal. O português chegava em óptimas condições à prova e as duas vitórias de etapa em Vila Nova de Gaia e na Senhora da Graça confirmavam isso mesmo, mas não chegou para bater Fernando Carvalho e ficou-se pela segunda posição.

No ano de 1991, vence o Grande Prémio “O Jogo” e a Volta ao Algarve, mas não chega a participar na Volta a Portugal. Em 1992, muda-se para a Recer-Boavista, equipa onde iria ter maior notoriedade. Ganha, mais uma vez, a Volta ao Algarve e na Volta a Portugal dá-se o primeiro encontro com a Torre. Era a primeira vez que Joaquim Gomes subia a Torre na Volta a Portugal e conquista a etapa, mas isso por si só, não chegou para levar de vencida a classificação geral, ficando pelo 3º lugar. No ano seguinte, chega a nova vitória na Volta a Portugal, a segunda do cômputo pessoal. Em 1993, a Torre não fazia parte do percurso, mas mantinha-se a Senhora da Graça e subia-se a uma nova escalada, a subida ao alto de Santa Helena, na qual venceu, depois de no dia anterior ter vencido na chegada ao Marco de Canaveses. De assinalar a conquista de uma vitória de etapa na Volta ao Uruguai. Em 1994, mostrava as suas garras mais uma vez durante a época e sobretudo na Volta a Portugal. O Grande Prémio Correio da Manhã e o Grande Prémio de Torres Vedras foram duas das conquistas que teve antes de chegar à Volta, onde ganhou duas etapas e acabou no último lugar do pódio. Correu, também, na Volta a Espanha desse ano, finalizando no 17º posto da geral.

1995 representaria uma mudança de equipa para Joaquim Gomes, voltava para a equipa da Sicasal e mais conquistas para o português. Fez as pazes com a Torre, depois de no ano anterior não ter chegado à vitória no alto, conseguiu-o embora isso não tivesse chegado para a vitória final da prova, isto porque acabou por desistir. Ficou só um ano na equipa da Sicasal mudando-se em 1996 para a LA Aluminios. Terminou como 4º classificado em 1996 na Volta a Portugal e, em 1997, chegou novamente ao pódio final da Volta a Portugal, acabando no 3º posto e melhor português na prova. Beneficiou da presença da Torre com duas chegadas ao alto mas sem atingir a vitória em qualquer uma delas. A partir de 1998, já teve vitórias de menor dimensão. Ainda assim, sempre que esteve na Volta a Portugal, acabou dentro dos dez primeiros, à excepção do ano de despedida que terminou a prova portuguesa na 11ª posição. Em 1998, finalizou no 5º lugar da geral e em 1999 não participou na prova máxima do ciclismo nacional. No ano de 2000, termina no 7º lugar. Em 2001, corre a Volta pela equipa do Carvalhelhos-Boavista e consegue acabar no top-5 da geral individual. Acaba a carreira profissional em 2002 e abraça a direcção de corrida e torna-se o director de corrida da Volta a Portugal e de outras provas por etapas portuguesas.

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