Chagas, Marco

Marco Chagas foi um dos melhores ciclistas portugueses vencendo a Volta a Portugal por quatro ocasiões e, actualmente, é comentador de ciclismo em estações de televisão.

Marco Chagas foi um dos melhores ciclistas portugueses vencendo a Volta a Portugal por quatro ocasiões e, actualmente, é comentador de ciclismo em estações de televisão.

Marco Chagas nasceu a 19 de Novembro de 1956, em Pontével e muito novo, com 19 anos, tornou-se profissional pela equipa Costa do Sol, onde iniciou o seu profissionalismo em 1976. De referir, que nesse primeiro ano se tornou campeão nacional da prova de fundo na vertente amadora e, de seguida, começou a vincar bem a sua qualidade dentro do pelotão nacional, ganhando três etapas na Volta a Portugal e ficando no sexto lugar da prova nacional. Em 1977, na Volta a Portugal melhorou a sua posição final, ao ficar na quinta posição, mas sem conquistar qualquer etapa. De qualquer das formas, Chagas teve uma época de qualidade ao vencer o Grande Prémio Clock e terminar como vice-campeão do Grande Prémio do Minho. Tudo isto já pela equipa do “Clube Desportivo Os Aguias-Clock”, onde permaneceria no ano seguinte e nesse ano de 1978, alcançaria o seu primeiro triunfo internacional, o Rappoert Tour, na África do Sul prosseguindo com uma senda de vitórias portugueses conseguidas em anos anteriores, com José Martins e Venceslau Fernandes. No ano de 1979, vence, pela primeira vez, a Volta a Portugal contudo é desclassificado por ter sido declarado dopado devido a um controlo anti-doping positivo. Voltou a conquistar três etapas nessa edição como já tinha feito na Volta de 76. Depois deste episódio, Marco Chagas opta por emigrar e vai para a equipa da Puch-Sem-Campagnolo, onde tem uma actuação discreta, finalizando no 41º lugar. Regressa a Portugal para representar a secção de ciclismo do Futebol Clube do Porto, onde ficou em 1981 e 1982 e, conseguiria, finalmente, a primeira vitória na classificação geral da Volta a Portugal no ano de 82, isto porque em 81, Chagas ajudou o colega de equipa, Manuel Zeferino a impor-se na prova portuguesa. Chegou à edição de 82, como campeão nacional da prova de fundo e na Volta conquistou duas etapas, além da vitória colectiva do FC Porto, no Prólogo inicial. Em 1983, a equipa era outra para Marco Chagas, tendo sido contratado pela Mako Jeans. Repetiu os mesmos feitos do ano anterior, alcançando a vitória em duas etapas, classificação do combinado e classificação geral da Volta a Portugal desse ano, sendo que antes, Marco Chagas já tinha comemorado a vitória na clássica Porto-Lisboa. Em 1984, ingressava noutro dos clubes grandes, o Sporting Clube de Portugal. Num ano em que Joaquim Agostinho falecera, a liderança da equipa passava a recair sobre Marco Chagas. Se na Volta a França, os resultados não foram os ideais, na Volta a Portugal dominava, vencendo três etapas e a classificação geral da prova. Distinção que mais tarde acabaria por ser retirada, tal como em 1979, devido a um controlo anti-doping positivo.

O natural de Pontével não deixava os seus créditos por mãos alheias e venceu as duas edições seguintes da Volta a Portugal, em 1985 e 1986, com sete vitórias de etapa na prova lusa e conquistando a classificação do combinado em ambas as edições. Nesses anos, Chagas alcançava outras conquistas importantes, como o campeonato nacional, em 1985 e o Grande Prémio do Minho, em 1986, com três etapas. No seu último ano na equipa do Sporting, conquista, novamente, a Volta a Portugal mas é desclassificado pela terceira vez pelo mesmo motivo das restantes: doping. Para o ano de 1988, Marco Chagas é contratado para a equipa da Louletano-Vale do Lobo, na altura uma das equipas mais bem apetrechadas, e ajuda a equipa algarvia a ganhar a Volta a Portugal por intermédio de Cayn Theakston. No ano seguinte, Chagas fez toda uma época de grande nível com muitas vitórias e muitas presenças no pódio em corridas do calendário nacional, como a Volta ao Alentejo, Volta ao Algarve ou Grande Prémio Correio da Manhã. O seu último ano de carreira enquanto ciclista seria em 1990 pela equipa do Orima, onde tem boas prestações, ao longo da época, finalizando a Volta a Portugal na quinta posição. Mas no ano seguinte, já estava no ciclismo, agora como director. A Tensai-Santa Marta de Portuzelo-Mundial Confiança saía para a estrada nesse ano por intermédio da direcção de Marco Chagas e com um plantel balanceado de experiência e de juventude que em 1992 ficaria melhor apetrechado. Em 1993, muda para a direcção da Sicasal-Acral, uma das melhores equipas nacionais dos últimos anos com presenças em várias grandes voltas. Apesar de não vencer nenhuma Volta a Portugal, conseguiu resultados interessantes, com conquistas na Volta ao Algarve, Grande Prémio Jornal de Noticias, Volta ao Alentejo, Trofeu Joaquim Agostinho, Rappoert Tour, o campeonato nacional e duas etapas e a classificação da montanha da Volta a Polónia. A equipa acabou no final desse ano de 1995 e Marco Chagas continuaria no ciclismo mas na vertente de comentador, sobretudo, na RTP 1 onde ainda se encontra.

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