Linum usitatissimum (Linho) | ||||||
Reino | Filo | Classe | Ordem | Família | Género | Espécie |
Plantae | Magnoliophyta | Magnoliopsida | Malpighiales | Linaceae | Linum | L. usitatissimum |
Distrib. Geográfica | Estatuto Conserv. | Habitat | Necessidades Nutricionais |
Longevidade |
Polinização |
Europa e Ásia | Não avaliada | Regiões temperadas | Solos silico-argilosos e permeáveis à água | Anual | Auto-polinização e polinização por insetos (ex. abelhas) |
Características Físicas |
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Anatómicas | Planta herbácea, geralmente unicaule; Flores hermafroditas que podem ser brancas, azuis ou violetas. |
Tamanho | 40-80 cm de altura |
Sistemática e distribuição geográfica
O linho é uma planta nativa das zonas temperadas da Europa e da Ásia.
Há mais de 5000 anos que o linho tem sido cultivado no Egipto, Síria e Mesopotâmia. Em termos de produção do linho, as áreas de maior importância são a Europa, Rússia, China, Índia, América do Norte e Argentina.
Morfologia
É uma planta herbácea anual de 40cm a 80cm de altura, dicotiledónea, geralmente unicaule. Apresenta folhas inteiras, alternas, sésseis e sem estipulas. As suas flores são hermafroditas, que podem ser brancas, azuis ou violetas. Sementes ovais, lisas, brilhantes e claras, sendo estas os seus órgãos úteis, produzindo o óleo de Linhaça.
Características edafoclimáticas
A planta do linho adapta-se a todos os climas, mas prefere os terrenos silico-argilosos, de solo profundo, de consistências médias, frescas e permeáveis à água. Propaga-se por meio de sementes em solos bem adobados e drenados.
Floresce nos meses de Abril e Maio e é colhido durante o mês de Junho. A colheita inicia-se quando o talo está amarelo-maduro, isto é, quando o terço inferior do talo ficou amarelo e este encontra-se perfeitamente redondo por fora. Após colheita é sujeito a várias fases: ripagem, curtimenta, maceração e secagem.
Pragas e doenças
A praga principal do linho é uma larva da borboleta Heliothis ononis, que se alimenta das cápsulas de sementes do linho e pode ser invasiva quando é praticada monocultura.
As principais doenças que afetam a planta do linho são provocadas por fungos, sendo as mais comuns a Fusariose e a Ferrugem.
A primeira é causada por um fungo denominado Fusarium oxysporum f.sp. lini. Clamidosporos (estruturas de resistência) do fungo persistem no solo durante vários anos, e quando o linho é plantado num campo infestado, as plantas mais jovens são infetadas através das raízes. Os principais sintomas são o amarelecimento das folhas e a necrose das raízes e caule que causa posteriormente a morte da planta.
A Ferrugem no linho é causada por um fungo denominado Melampsora lini var. lini. Tem o nome de Ferrugem devido à lesão de coloração amarela a vermelha e em alguns casos branca de formato arredondado a oblongo, causada por esporos (estruturas de dispersão) do fungo semelhantes à ferrugem. Esta doença causa danos irreparáveis nas plantas, sendo que os tecidos afetados deixam de ter capacidade regenerativa.
No entanto, existem formas de prevenir estas doenças através do uso de sementes certificadas (livres de doença); uso de variedades resistentes ao fungo e rotação de culturas.
Importância sócio-económica e seus usos
Esta planta produz sementes oleaginosas que previne diversas doenças, mas o seu campo de aplicação é vasto, sendo também utilizado como linhas de costura, lençóis e roupa. As cápsulas globulosas são ainda utilizadas como adubo e na alimentação do gado.
O linho é uma das plantas cultivadas mais antigas que se conhecem no mundo. No Egipto existem vestígios que provam que este povo já tecia linha há 5000 a.C.. Os gregos antigos usavam tecidos de linho tão bom quanto o que é feito atualmente.
Estes factos provam que para além de o linho já ser cultivado e utilizado antigamente, já o era feito com tal perfeição, o que indica um longo desenvolvimento de conhecimentos anteriores.