Remipedia

Os Remipedia são uma classe de crustáceos vermiformes caracterizada por um corpo dividido em duas regiões: a região cefálica e um tronco alongado e segmentado.

Os Remipedia são uma classe de crustáceos (Filo Arthropoda) vermiformes caracterizada por um corpo dividido em duas regiões: a região cefálica e um tronco alongado constituído por até 32 segmentos, cada qual com um par de membros achatados.

Características gerais dos Remipedia

A região cefálica possui um par de estruturas sensoriais pré-antenais. As primeiras antenas são biramificadas, tal como os membros em forma de remo que estão posicionados lateralmente ao corpo. Não exibem carapaça mas possuem uma armadura cefálica a recobrir a cabeça.

O primeiro segmento do tronco encontra-se fundido à cabeça e ostenta um par de maxilípedes preênseis. Na região cefálica, exibem ainda um labro de grandes dimensões e que forma uma câmara na qual residem as mandíbulas internas. As maxilulas (apêndices bucais) funcionam como presas (dentes) hipodérmicas. O último segmento do tronco é parcialmente fundido com o télson que contém um apêndice caudal.

Os Remipedia exibem um cordão nervoso ventral duplo e segmentado, e não possuem olhos. O gonóporo masculino (abertura genital) ocorre ao nível do 14º membro e o das fêmeas ocorre no 7º membro. O intestino é constituído por uma série de cecos digestivos.

As cerca de 12 espécies de Remipedia que são actualmente reconhecidas colonizam grutas que possuem, geralmente, ligação a sistemas marinhos. Foram detectadas na região das Caraíbas, no Oceano Índico, nas ilhas Canárias e na Austrália. A água presente nas formações geológicas que lhes servem de habitat está estratificada numa camada superficial de água doce situada por cima de uma camada de água salgada de maior densidade na qual estes organismos nadam. Curiosamente, os Remipedia nadam de costas, um comportamento que resulta de um batimento metacronal dos apêndices locomotores.

Não foram identificados estágios larvares dentro deste grupo nem isso seria expectável, dado que, a maior parte das formas de crustáceos que colonizam as grutas exibem um tipo de desenvolvimento directo. As formas juvenis têm, tipicamente, um número menor de segmentos corporais do que as formas adultas.

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References:

  • Brusca, Richard C.  and Brusca, Gary J. (2002). Invertebrates. Sinauer Associates, 2ª Edição.
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