Organismos planctónicos são aqueles que vivem soltos nos cursos de água. Distinguem-se, assim, das formas bentónicas, que vivem junto ao fundo ou fixas a ele. Estes organismos vivem à deriva na coluna de água e são conduzidos pelas correntes. Aliás, o termo ‘plâncton’ deriva do grego e significa ‘a vaguear’ ou ‘à deriva’.
O plâncton é o grande produtor dos ecossistemas aquáticos
O plâncton (nome vulgarmente utilizado para designar estes organismos) é composto por diversas espécies tanto animais como vegetais, protozoários e procariotas.
Como existe uma enorme quantidade destes organismos nos ecossistemas aquáticos, sendo que, a grande parte deles possui dimensões microscópicas, formam, assim, a base das cadeias alimentares aquáticas.
O fitoplâncton (composto por organismos fotossintéticos) alimenta diversas espécies de peixes herbívoros e, o zooplâncton (composto por animais microscópicos, como crustáceos), serve de alimentação para peixes de maior porte. O zooplâncton constitui, por exemplo, o krill de que se alimentam as baleias.
A maior parte do oxigénio do planeta é produzida nos oceanos
A maioria do oxigénio que existe na atmosfera é produzido pelas algas!
Se somarmos o oxigénio produzido pela fotossíntese de todas as população de algas de todos os oceanos, teremos mais deste elemento do que aquele que é produzido por todas as florestas.
O plâncton também possui organismos maiores
Espécies de animais como, as medusas, são exemplo de organismos que vivem à deriva nas correntes marinhas e possuem grandes dimensões.
A caravela portuguesa (Physalia physalis), por exemplo, é um cnidário colonial que possui um órgão flutuador em forma de balão e tentáculos urticantes que chegam a atingir os 20 metros de comprimento!
Adaptações à vida planctónica
Estes organismos têm de evitar a queda no fundo do curso de água. Desta forma, são indivíduos leves, possuindo, assim, uma densidade aproximada à do meio ambiente em que se inserem. Por esta razão, muitos destes organismos são constituídos por cerca de 90% de água.
Possuir a forma de pára-quedas ajuda a evitar que estes organismos se afundem. Basta pensar nas medusas para reparamos que estes animais possuem estas duas adaptações. Outras adaptações como, a presença de apêndices e expansões laminares, ajudam também a aumentar o atrito no meio aquático aumentando, assim, a resistência ao afundamento.
A vantagem de ser transparente
Como estes organismos são maioritariamente constituídos por água, são essencialmente transparentes. Uma vantagem adicional desta adaptação é o facto de estarem, assim, mais protegidos do ataque de predadores, já que, estes não os conseguem ver.
Escondidos no escuro
O zooplâncton (animais planctónicos) desloca-se latitudinalmente ao longo do dia. Assim, durante o dia descem até às zonas mais escuras. À noite, deslocam-se lentamente para cima para se alimentarem de algas.
References:
- Molles, Manuel. Ecology – Concepts & Applications. 4th edition. McGraw-Hill.
- Brusca, Richard C. and Brusca, Gary J. (2002). Invertebrates. Sinauer Associates, 2ª Edição.