Conceito de Pêssego
Pêssego é a designação atribuída ao fruto do pessegueiro, Prunus persica. Este fruto pertence à família dos abrunhos, das ameixeiras, das amêndoas, assim como das cerejas, entre outros frutos. O fruto do pessegueiro é cultivado para ser utilizado na alimentação, possuindo por esse motivo uma grande variedade, que muitas vezes é confundida como sendo uma espécie diferente.
O pêssego é uma drupa comestível, que apresenta uma forma globosa. A sua camada mais externa (exocarpo) é muito macia devido à existência de uma camada de pelos, algumas variedades (nectarina) não possuem pelo, nesse caso o seu exocarpo é bastante liso e lustroso.
A cor do exocarpo varia consoante o cultivar, normalmente apresenta uma coloração alaranjada, no entanto, pode assumir cores que variam entre o amarelo e o vermelho. A coloração matizada é também bastante comum, no entanto, é mais frequente nas nectarinas.
O seu mesocarpo é suculento, possuindo bastante sumo, e doce. Esta porção do fruto apresenta uma coloração amarelada. O seu cheiro é sabor são bastante característicos, permitindo facilmente a sua identificação.
As suas sementes são relativamente grande, encontrando-se envolvidas pelas varias camadas mencionadas, além de estarem protegida no interior de um endocarpo bastante resistente e com estrias na sua superfície. Em algumas variedades o endocarpo (caroço) é facilmente removido (nectarinas), enquanto noutras encontra-se preso ao mesocarpo.
O pessegueiro poderá ter surgido na China, tendo sido posteriormente trazido para a Europa pelos Romanos, aquando da conquista dos persas. O seu fruto tem sido cultivado como alimento praticamente desde o início da agricultura, sendo por isso difícil indicar uma época precisa para o seu surgimento.
O pêssego era inicialmente conhecido com a maça da Pérsia, uma vez que era amplamente cultivada nesse território. O seu nome (Prunus persica) deriva do facto de ter sido cultivado nessa região, actual Irão, tendo sido essa variedade a que foi inicialmente introduzida na Europa.
Estes frutos são representados em diversas obras de arte desde os inícios da civilização humana, estando também associados a diversas lendas, particularmente no oriente, onde se pensa terem tido origem. A representação artística mais antiga encontra-se na cidade de Herculano e data do século I A.C.
O termo nectarina é outra designação atribuída ao pêssego, no entanto, são comercializados como pertencendo a espécies diferentes. Estas duas frutas pertencem, na realidade, a variedades diferentes, mas correspondem à mesma espécie. A grande diferença entre elas é o facto de o pêssego se encontrar envolvido por uma camada de pêlos (o exocarpo) e o seu endocarpo não se separa facilmente do mesocarpo, enquanto a nectarina apresenta uma camada exterior lisa e brilhante e um endocarpo que se liberta facilmente.
Este fruto pode ser consumido de várias formas diferentes. Após ter sido colhido deve ser consumido muito rapidamente uma vez que se estraga com grande facilidade, visto continuar a amadurecer após a sua colheita. O contacto com outros frutos pode provocar-lhe hematomas uma vez que o seu exocarpo é muito fino e o seu mesocarpo é bastante mole.
Em caso de não poder ser consumido fresco, este deve ser conservado sob a forma de enlatados, compotas, geleias, licores, secos ou mesmo cristalizados. Este fruto é muito utilizado como sobremesa, seja como fruta fresta, ou como ingrediente em doces.
As várias propriedades medicinais deste fruto, tornaram-no num dos ingredientes mais utilizados em medicinas alternativas. O pêssego não apresente um elevado teor em nutrientes essenciais, no entanto, devido às suas propriedades laxantes, diuréticas e depurativas, o pêssego pode ser utilizado na cura de alguns problemas digestivos.
Apesar de se tratar de uma fruta com um elevado teor em vitaminas, dependendo da variedade que está a ser considerada, este fruto apresenta um elevado grau de intolerância, sendo frequente encontrar indivíduos que lhe são alérgicos.
Os indivíduos alérgicos a pêssego, são normalmente alérgicos a alguma das suas proteínas. Essas proteínas são semelhantes às presentes noutros frutos como a amêndoa. Na maior parte dos casos o grau de alergia diminui se o fruto se encontrar em conserva.
References:
- Appezzato-da-Glória, Beatriz; Bron, Ilana U.; Machado, Silvia R. (2004). Lanosidade em cultivares de pêssego (Prunus persica (L.) Batsch): estudos anatômicos e ultra-estruturais. Brazilian Journal of Botany, 27(1), 55-61. Consultado em: Dezembro 31, 2015, em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-84042004000100007&lng=en&tlng=pt.
- Peach. (2015). Encyclopædia Britannica. Consultado em: Dezembro 31, 2015, em http://www.britannica.com/plant/peach