A teoria darwiniana da evolução através da selecção natural tem sido central no progresso da antropologia biológica, nomeadamente, nas investigações centradas em genética humana. Inicialmente tendia-se a explanar a diversidade humana em termos de migrações e miscigenação. A herança, nos termos de Mendel, de determinados traços, foi postulada demonstrando-se que a variabilidade de caracteres quantitativos em grupos de parentesco misturado era ampla relativamente a grupos isolados.
Somente o advento de métodos imunológicos e bioquímicos, que permitiram a identificação dos grupos sanguíneos, variantes anómalas de hemoglobina, e polimorfismos enzimáticos, autorizou a demonstração da herança de traços particulares. Por conseguinte, o estudo da variação genética dentro e entre as populações humanas, os processos de selecção natural através de efeitos como o isolamento, a migração, e o diferente sucesso reprodutivo, tornaram-se factos bem estabelecidos.
Uma questão premente prende-se com a interpenetração dos factores genéticos com o meio ambiente, isto é, em que medida o grau de interacção entre as duas coordenadas modela a variação biológica humana. Este ponto tem sido sublinhado na investigação de caracteres como a estatura, a obesidade, tipos de fibras musculares, e quociente de inteligência.
A capacidade de identificar indivíduos através do perfil genético é imprescindível nas investigações forenses. A subdisciplina da antropologia forense tem utilizado um amplo conjunto de métodos, como a dactiloscopia. Portanto, tem tido um papel importante em termos práticos, assim possibilitando a determinação das relações entre grupos étnicos. Por exemplo, o ADN mitocondrial é legado pela linha materna, e a comparação entre as populações sugere o grau de filiação genética. Ademais, as relações entre as classificações genéticas e linguísticas dos grupos têm sido examinadas.
References:
Boyden, S. (1987) Western Civilization in Biological Perspective, Oxford: Clarendon Press.