Genética Populacional

Conceito de Genética Populacional

O termo Genética Populacional diz respeito ao ramo da Genética que estuda a composição genética de uma população. Foca-se, especificamente, nas alterações hereditárias que ocorrem numa população, no tempo e no espaço; e tenta desenvolver uma teoria evolucionista que explique e prediga tais alterações.

Objetivos da Genética Populacional

A Genética Populacional é a responsável por fazer a ponte entre os três princípios da Teoria da Evolução de Darwin e termos genéticos precisos. A Teoria da Evolução de Darwin enuncia:

  • entre os indivíduos de qualquer população, existe variação morfológica, fisiológica e de comportamento (princípio da variação);
  • os descendentes serão mais parecidos com os seus progenitores do que com qualquer outro indivíduo dentro da população (principio da hereditariedade);
  • há diferentes formas de sobrevivência, sendo umas mais eficazes do que outras (principio da sobrevivência).

Tendo isto em conta, deduz-se que a Genética Populacional estuda as alterações genotípicas, no entanto apenas é possível observar variações fenotípicas. Devido a este entrave, a maioria dos estudos em Genética Populacional são realizados com características que têm uma correlação direta com o seu genótipo. Neste campo de investigação, Gregor Mendel, em 1843, teve um papel importante com o seu estudo dos caracteres das ervilhas.

Características da Genética Populacional

Para o estudo das variações numa população é necessário um processo com duas etapas: numa primeira etapa são visualizadas as variações fenotípicas e na segunda etapa tentativas são feitas para associar essas alterações fenotípicas a variações no genótipo da espécie em questão.

A medida mais utilizada neste ramo da Genética baseia-se na medição da frequência à qual determinados alelos são encontrados no gene em estudo. Esta frequência pode ser alterada devido a mutações (génicas e/ou cromossómicas), seleção (natural ou artificial) e migrações. A recombinação (um tipo de mutação cromossómica) parece ser a que mais contribui para a alteração na frequência de um alelo.

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References:

Alberts B., Johnson A., Lewis J., Raff M., Keith R., Walter P. (2007). Molecular Biology of the Cell (5th edition). Garland Science, New York.

Griffiths A.J.F., Miller J.H., Lewontin R.C., Gelbart W.M. (1999). Modern Genetic Analysis (2nd edition). W. H. Freeman, New York.

Griffiths A.J.F., Wessler S.R., Lewontin R.C., Gelbart W.M., Suzuki D.T., Miller J.H. (2004). An Introduction to Genetic Analysis (8th edition). W. H. Freeman, New York.

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