A vulnerabilidade ao stress acontece quando o indivíduo tem dificuldade em lidar com situações que ele entende como sendo alheias à sua capacidade de controlo.
Segundo Pocinho e Capelo (2009) a vulnerabilidade ao stress tornou-se um assunto cada vez mais relevante a partir do início do século XX, nas áreas de saúde e até no quotidiano das pessoas.
Os estudos identificam o stress como um fenómeno que acontece quando o indivíduo entra em conflito entre aquilo que ele é e o mundo exterior (Pocinho, & Capelo, 2009).
Trata-se, portanto, de uma forma do organismo reagir, no sentido psicofisiológico, à situação causadora de stress, com medo, ou irritado, ou confuso, etc (Friedrich, Macedo, & Reis, 2015).
Desta forma se a situação é algo que o indivíduo não consegue controlar ou gerir, porque ultrapassa as suas aptidões e os seus recursos, ele torna-se mais vulnerável a estas situações stressantes, sendo as mesmas também diferentes de indivíduo para indivíduo (Pocinho, & Capelo, 2009).
É importante, neste sentido, criar estratégias de coping que o mesmo adota para gerir estas dificuldades, mediante os cenários que podem ser gatilhos para a vulnerabilidade ao stress tais como os pensamentos, as sensações internas, as experiências e os acontecimentos relevantes que provocam desconforto no dia a dia (Pocinho, & Capelo, 2009).
Assim, respostas do organismo a estímulos geradores de stress, podem ser biológicos e ou emocionais como podem ser pontuais ou duradouros, entendidos como ameaças, privações ou vistos como sendo impossíveis de controlar, o que impede a resposta adequada ao ambiente onde aparecem (Friedrich, Macedo, & Reis, 2015).
“… se as exigências colocadas pela situação forem superiores aos recursos disponíveis no indivíduo, então este sente que não tem capacidade de controlo e pode entrar em stress” (Pocinho, & Capelo, 2009, p. 352).
Conclusão
A vulnerabilidade ao stress acontece quando o indivíduo entende que a situação que serviu como gatilho é entendida como algo que ele não consegue gerir ou controlar, provocando a sensação de medo, angústia, confusão, ou outro tipo de sensação desconfortável. Nestas situações, o ideal é conseguir encontrar estratégias de coping que tenham a capacidade suficiente para gerir o que provoca stress e permitindo a promoção de melhor qualidade de vida.
References:
- Friedrich, Ariela Cristine Dias, Macedo, Fernando, & Reis, Aline Henriques. (2015). Vulnerabilidade ao stress em adultos jovens. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 15(1), 59-70. https://dx.doi.org/10.17652/rpot/2015.1.499
- Pocinho, M, & Capelo, M.R. (2009). Vulnerabilidade ao stress, estratégias de coping e autoeficácia em professores portugueses. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 35, n. 2, p. 351-365, maio/ago, 2009. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/ep/v35n2/a09v35n2.pdf/