Perturbação Bipolar

A perturbação bipolar caracteriza-se pela alternância entre períodos de muito bom humor e períodos de irritação ou depressão que entre a mania e a depressão podem ser muito rápidas e podem ocorrer com muita ou pouca frequência.

A perturbação bipolar caracteriza-se pela alternância entre períodos de muito bom humor e períodos de irritação ou depressão que entre a mania e a depressão podem ser muito rápidas e podem ocorrer com muita ou pouca frequência.
Trata-se de um transtorno crónico e complexoproveniente de episódios de depressão, mania ou hipomania de uma forma isolada ou mista com grande morbidade e mortalidade (Souza, 2005). Devido ao seu tipo maníaco-depressivo, o tratamento do paciente deve sempre levar em conta a possibilidade de o mesmo vir a ter episódios de ambas as perturbações em vários espaços de tempo (Souza, 2005). O doente passa por diferentes fases, entre as quais, aquelas em que os sintomas desaparecem, período esse em que ele consegue mesmo voltar à sua rotina diária e às atividades do seu dia-a-dia (Souza, 2005).
Tratamento
Tal como em qualquer tipo de perturbação, o objetivo é diminuir os sintomas o máximo possível O objetivo do tratamento tem como manter o doente sem sintomas (Souza, 2005). Isto significa que a forma de perceber produtividade no mesmo, é a possibilidade de começarmos a observar a diminuição gradual dos sintomas e não apenas a resposta em si (Souza, 2005).
Desta forma, o tratamento do transtorno bipolar é dividido em três fases: aguda, continuação e manutenção (Souza, 2005).
• Os objetivos do tratamento da fase aguda são: tratar a mania sem causar depressão e/ou consistentemente melhorar depressão sem causar mania (Souza, 2005).
• A fase de continuação tem como meta: estabilizar os benefícios, reduzir os efeitos colaterais, tratar até a remissão, reduzir a possibilidade de recaída e aumentar o funcionamento global (Souza, 2005).
• Finalmente, os objetivos do tratamento de manutenção são: prevenir mania ou depressão e maximizar recuperação funcional, ou seja, que o paciente continue em remissão(Souza, 2005).

Não podemos deixar de referir que os sintomas na fase de continuação constituem-se através de uma recaída enquanto na fase de manutenção, seria uma recorrência (Souza, 2005). Na maioria das situações, contudo, o tratamento clínico da perturbação bipolar ocorre durante a fase de manutenção (Souza, 2005).

Algumas estratégias mais eficazes para o tratamento eficaz
É importante que se faça a associação entre tratamento psicológico e farmacológico, no entanto, existem algumas estratégias de tratamento eficaz que se mostram imprescindíveis:
• Adesão – é fundamental aumentar a adesão do paciente ao tratamento.
• Funcionamento social e ocupacional – melhorar o desempenho dos pacientes em atividades sociais e laborativas.
• Reconhecimento precoce dos sinais e recorrências.
• Educar o paciente acerca de sua doença e suas medicações (explicar os vários sintomas. esclarecer sobre prognóstico, instalar esperança, envolver familiares).
• Promover um estilo de vida saudável, por exemplo, regularizar o ciclo sono–vigília.
• Criar, de forma colaborativa, estratégias de lidar com stress, que, se não administrados apropriadamente, podem provocar um episódio depressivo.

Como patologia é transmitida de uma geração para outra
Desde 1969, diversos grupos propõem que perturbação bipolar tenha uma herança dominante ligada as observações iniciais que geraram esta hipótese que foram a ausência relativa de transmissão pai-filho e a presença de ligação com o daltonismo. Esses resultados estimularam novos estudos: alguns refutam e outros sustentam a hipótese de herança ligada ao cromossoma X. Resultados mais recentes sugerem que a região cromossómica seja a portadora do suposto locus da perturbação bipolar. No entanto, é improvável que a transmissão pelo cromossoma ocorra em todas as famílias com perturbação bipolar, ou mesmo em proporção significativa delas. Os resultados dos estudos de segregação são mais bem compreendidos se interpretados como geradores de hipóteses e não como forma de verificação delas. Podem ajudar nas análises paramétricas de ligação, mas o seu valor não deve ser superestimado.
Conclusão
Depois de vários estudos levados a cabo por diferentes autores, podemos entender que a perturbação bipolar, não tem, ainda nos dias de hoje, tratamento. Para poder minimizar os danos e reduzir os sintomas é necessário controlar e prevenir os episódios agudos.

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References:

  • Mussi, S.V., Soares, M.R.Z., &Grossi, R. (2013). Transtorno Bipolar: Avaliação de um Programa de Psicoeducação sob o Enfoque da Análise do Comportamento. Bipolar Disorder: Evaluation os a Psychoeducational under a Behavior Analysis focus. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva. 2013, Vol. XV, Nnº2, 45-63
  • Souza, F.G.M. (2005). Tratamento do transtorno bipolar – Eutimia. Bipolar DisorderTreatment – Euthymia. [em linha]. Rev. Psiq. Clín. 32, supl1; 63-70, 2005
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