Overdose

A overdose não é mais do que o culminar fatal do uso abusivo de drogas, iniciado, em grande parte dos casos, na adolescência.

Overdose

A overdose não é mais do que o culminar fatal do uso abusivo de drogas, iniciado, em grande parte dos casos, na adolescência. Pode acontecer em todo o tipo de ambiente porque também tem diferentes tipos de origens.

Pratta e Santos (2006) referem-se, primeiramente, ao uso abusivo de drogas, do qual resulta a overdose como um problema grave, cada vez mais emergente e de saúde pública. Mais do que, apenas, as consequências que tem para o doente, o problema alastra-se para a família e sociedade (Pratta, & Santos, 2006).

Começou por tratar-se de um problema de toxicomania e tornou-se em abuso devido ao caos provocado, principalmente, a partir das últimas décadas do século XX (Pratta, & Santos, 2006).

Outra situação que vem agravar o problema é que o consumo de substâncias que traz todo o tipo de consequências que conhecemos e que culmina com a overdose, deixou de ser associado especificamente a um grupo marginalizado para poder ser vivido e enfrentado em qualquer camada da sociedade, isto é, em qualquer ambiente (Pratta, & Santos, 2006).

Convém, contudo, ressalvar que o consumo de drogas nem sempre foi exclusivamente nocivo, sendo que, em outros tempos, chegou mesmo a ser utilizado como recurso medicinal por diferentes profissionais (Pratta, & Santos, 2006).

Deste modo, é necessário saber compreender que a utilização prejudicial de drogas torna-se fatal a partir do momento em que destrói, gradualmente, o organismo do indivíduo, porque lhe tira a saúde, terminando em morte (Pratta, & Santos, 2006).

Por outro lado, o abuso de drogas não acontece da mesma forma em todos os indivíduos, pelo que “… muitos indivíduos apresentam padrões de consumo que não o uso considerado prejudicial, abusivo, ou seja, o uso constante e em grandes quantidades que traz danos acentuados ao indivíduo” (Drummond, & Drummond Filho, 1998, cit in Pratta, & Santos, 2006, p. 316).

De acordo com os estudos de Pratta e Santos (2006) muitas vezes, a entrada no mundo da droga na fase da adolescência, vem na sequência de uma procura desenfreada por algo que possa fazer o jovem sentir-se estimulado, ou pelo contrário, sentir-se calmo e ter a clara sensação de que consegue enfrentar e resolver tudo, fugindo da sua rotina diária, associado a sensação de prazer.

A gravidade da situação começa a acontecer quando, em função de tudo isto, o adolescente começa a descontrolar, por completo, o uso e abuso de substâncias e começa a cair em decadência, destruindo-se a si mesmo e a tudo à sua volta (Pratta, & Santos, 2006).

Para Vasters e Pillon (2011) da mesma forma que é importante conhecer os sintomas da entrada no mundo da droga, é, também, importante compreender a sua origem e, por conseguinte, precaver a procura.

É ainda importante, para Pratta e Santos (2006) referir que esta auto destruição vem, frequentemente, da necessidade de procurar preencher um vazio interno ou de um comportamento de fuga relacionada com problemas e inseguranças tão comuns do dia a dia da vida de um adolescente.

Nesta fase, o consumo advém da necessidade de experimentar um universo de novas sensações todas disponíveis com cada vez mais facilidade e, na maioria das vezes, presente no grupo de pares (Vasters, & Pillon, 2011).

Apesar da facilidade com que o comportamento abusivo pode gerar consequências drásticas como a overdose, também se verifica, através dos vários estudos elaborados a respeito, que, muitas vezes, o que leva à procura de ajuda para a cura, provém, precisamente, do medo da morte e das perspectivas futuras, bem como das expetativas criadas perante familiares e amigos (Vasters, & Pillon, 2011).

Conclusão

A overdose é a fase final da doença provocada por dependência de substâncias psicoativas. Verifica-se que a maior camada de vítimas encontra-se na fase adolescente e que tem diferentes tipos de origens, o que significa que pode acontecer em qualquer camada da sociedade. De acordo com os estudos é fundamental compreender as demandas não só para a intervenção e tratamento eficaz mas, principalmente, para entrar no problema começando pela sua prevenção.

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References:

  • Pratta, E.M.M., & Santos, M.A. (2006). Reflexões sobre as relações entre drogadição, adolescência e família: um estudo bibliográfico. Estudos de Psicologia 2006, 11(3), 315-322.
  • Vasters, G.P. & Pillon, S.C. (2011). O uso de drogas por adolescents e suas percepções sobre adesão e abandono de tratamento especializado. Revista Latino Americana de Enfermagem 19(2) mar-abr 2011. Disponível em http://www.redalyc.org/html/2814/281421955013/
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