A intervenção educacional é, na maioria das vezes, da responsabilidade do psicólogo, no sentido de promover relações saudáveis na no âmbito da comunidade escolar.
A intervenção educacional está diretamente associada às relações existentes no seio da comunidade escolar, as quais, cabe ao psicólogo escolar procurar analisar e compreender (Antunes, 2008; Souza, 2009).
Ela pretende ser humanizadora, intencional e promovedora da transmissão da cultura que a humanidade foi construindo ao longo dos tempos, através de profissionais competentes para o efeito, o que significa que é exigida formação adequada (Antunes, 2008).
Quando se fala de intervenção educacional, no âmbito da psicologia, entende-se vários sectores como campo de estudo, além de que se refere também, a duas fases de desenvolvimento do indivíduo: a infância e a adolescência (Souza, 2009).
Alguns dos programas mais utilizados neste setor são a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST), inclusão social, planeamento de ações comunitárias, entre outras (Souza, 2009). Para além deste tipo de intervenção, é fundamental também promover a cidadania, procurando construir uma sociedade mais justa e igualitária, isto é, permitir que todos tenham as mesmas oportunidades para que seja possível o desenvolvimento de todos os membros da sociedade da mesma forma (Antunes, 2008).
Para estabelecer linhas de intervenção educacional, os psicólogos escolares precisam de compreender o ambiente escolar, o processo de adaptação da criança e do adolescente a este ambiente, mas também, de ter autonomia para poder intervir da forma mais ajustada possível (Souza, 2009). No que concerne à autonomia do psicólogo, uma das demandas basilares é a necessidade de fazer a comunidade escolar compreender a intervenção educacional por parte do mesmo como uma área verdadeiramente científica e promover a proliferação da mesma (Souza, 2009).
Reconhecendo a intervenção educacional do psicólogo na escola, é necessário, a partir daqui, ter a noção de que é preciso atualizar constantemente, ou seja, o psicólogo deve participar das atividades escolares, da discussões e conselhos organizados pelos representantes e órgãos do controlo social, etc (Souza, 2009). Entendemos desta forma que esta área de intervenção precisa de revisão, crítica, procura de resposta a problemas que vã surgindo, no sentido de conseguir contribuir com sucesso para a formação do ser humano (Souza, 2009).
Conclusão
Quando se fala de intervenção educacional, fala-se do campo de ação do psicólogo no ambiente escolar. Cabe a este entender as relações estabelecidas na comunidade escolar para poder intervir da forma mais adequada. Para tal é necessário que seja visto como um profissional imprescindível, o qual, é necessário na organização de atividades que visem a realização de atividades com vista à promoção da igualdade de oportunidades para todos, bem como a promoção da cidadania. Para que se torne uma realidade, é necessário que haja revisão, atualização, crítica e intervenção constante no âmbito da intervenção educacional.
References:
- Antunes, Mitsuko Aparecida Makino. (2008). Psicologia Escolar e Educacional: história, compromissos e perspectivas. Psicologia Escolar e Educacional, 12(2), 469-475. https://dx.doi.org/10.1590/S1413-85572008000200020
- Souza, M.P.R. (2009). Psicologia Escolar e Educacional em busca de novas perspectivas. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPPE) – volume 13, Número 1, Janeiro/junho de 2009 – 1979-182. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/pee/v13n1/v13n1a21