A expressividade emocional trata-se de uma das funções básicas que aprendemos desde os primeiros anos de vida e que é mais ou menos comum a todos os seres humanos.
De acordo com os estudos levados a cabo por Galvão (2001) a expressividade emocional associa-se a várias questões como a interação social, a aprendizagem e o desenvolvimento.
A autora refere os estudos de Wallon, para nos fazer compreender como a expressividade emocional se trata de algo que vamos aprendendo desde os primeiros anos de vida, uma vez que, antes mesmo de começarmos a compreender o mundo físico, tendemos a aprender a lidar com as pessoas à nossa volta, já que nos identificamos com elas (Galvão, 2001).
“Estudos recentes (…) convergem com esta ideia ao demonstrar que o bebê mostra preferência pelas pessoas e que seria dotado de precoces capacidades para o reconhecimento das capacidades tipicamente humanas e para a compreensão das emoções” (Galvão, 2001, p. 15).
Vários são os estudos que nos definem a expressividade emocional mediante determinadas características físicas que dizem respeito à expressão facial, como franzir o sobrolho, o sorriso, o chorar, a postura, a forma como gesticulamos, entre outras (Dinis, Gouveia, & Xavier, 2011).
Não podemos deixar de mencionar os estudos de Charles Darwin que nos menciona o facto de que todas as pessoas, independentemente da fase de desenvolvimento ou mesmo das capacidades mentais, aprenderem a manifestar a sua expressividade emocional de forma mais ou menos comum entre si, uma vez que se trata de uma função necessária para a evolução da própria espécie (Galvão, 2001)
Tratando-se de uma competência que adquirimos desde que nascemos através da interação com outras pessoas, é fácil perceber que pode ser verbal e não verbal, seja ela positiva ou negativa (Dinis, Gouveia, & Xavier, 2011).
Além disso é importante perceber que se trata de uma função que também revela as diferenças de indivíduo para indivíduo, já que não manifestamos as nossas emoções, sempre com a mesma intensidade (Dinis, Gouveia, & Xavier, 2011).
Conclusão
A expressividade emocional é manifestada por todos os seres humanos de forma mais ou menos comum, sendo que é aprendida desde os primeiros tempos de vida. Ela manifesta-se tanto de forma verbal como facial ou postural, pelo que dizemos e pela forma como sorrimos ou choramos, pela nossa postura, entre outras formas. É importante saber que apesar de ser mais ou menos comum a todos os indivíduos, não se manifesta exatamente da mesma forma, tendo em conta que somos todos diferentes.
References:
- Dinis, A, Gouveia, J.P., & Xavier, A. (2011). Estudo das Características Psicométricas da Versão Portuguesa da Escala de Expressividade Emocional. https://impactum-journals.uc.pt/psychologica/article/view/1103
- Galvão, I. (2001). EXPRESSIVIDADE E EMOÇÃO: AMPLIANO O LHAR SOBRE AS INTERAÇÕES SOCIAIS. Revista Paulista de Eeducação Física, São Paulo, supl. 4, p. 15-31, 2001.