As estratégias de intervenção psicológica, do ponto de vista da saúde comunitária, mostram-se extremamente significativas para o bem-estar geral do indivíduo
Segundo os estudos de Camargo-Borges e Cardoso (2005) as estratégias de intervenção psicológica não são todas iguais dependendo de cada contexto. Nesse sentido e pegando no caso da Psicologia Social da Saúde, verificam-se estratégias mais focadas no âmbito coletivo e local, pelo que se nota maior necessidade de procurar alguns ajustes para que as mesmas possam ser mais humanizadas, indo ao encontro das verdadeiras necessidades das pessoas (Camargo-Borges, & Cardoso, 2005).
Desta forma, autores como Ornelas (1997) indicavam já que as estratégias de intervenção psicológica inseridas em vários setores, permitem que a qualidade nos cuidados coletivos sejam também alargadas às áreas de intervenção educacional e social.
As estratégias de intervenção psicológicas encontram-se necessárias devido à cada vez maior proliferação de doenças contagiosas, acidentes de trabalho, desemprego, mortalidade materna e infantil, entre outros problemas (Camargo-Borges, & Cardoso, 2005).
Devido ao cariz variado de problemas que levam à necessidade de estratégias adequadas de intervenção psicológica, também parece evidente para muitos autores que a psicologia seja, não só inserida nos campos de ação como integrada e incluída em equipas multidisciplinares, isto é, aliar a psicologia às outras áreas da saúde (Camargo-Borges, & Cardoso, 2005).
Os psicólogos passam, por esse motivo, a ser vistos como necessários no campo interventivo no que diz respeito à interação do indivíduo com o seu ambiente, uma vez que ambas as partes são altamente influenciadas entre si, o que faz com que, intervir junto de indivíduos do ponto de vista comunitário, permite, por consequência, melhorar o seu bem-estar geral (Ornelas, 1997).
Pretende-se assim englobar estratégias de intervenção do foro mental, no tratamento de outros tipos de problemas de saúde, já que todas as áreas da vida do indivíduo estão interligadas entre si (Camargo-Borges, & Cardoso, 2005).
Esta necessidade de reformar o sistema de saúde incluindo a importância do âmbito mental vêm demonstrar que a saúde não é mais apenas uma questão puramente biológica e individual, mas sim coletiva (Ornelas, 1997).
Conclusão
As estratégias de intervenção psicológica mostram-se cada vez mais pertinentes, principalmente do ponto de vista comunitário. Esta importância deve-se ao fato de a saúde mental ser bastante significativa para o bem-estar do indivíduo, no sentido de lhe proporcionar melhor equilíbrio, tanto para si como do ponto de vista comunitário.
Verifica-se que, quando se intervém junto do indivíduo, aliando a intervenção à questão comunitária, melhora-se, significativamente a sua saúde geral.
References:
- Camargo-Borges, C, Cardoso, C.L. (2005). A PSICOLOGIA E A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: COMPONDO SABERES E FAZERES. Psicologia & Sociedade; 17 (2): 26-32; mai/ago 2005. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/%0D/psoc/v17n2/27041.pdf;
- Ornelas, J. (1997). Psicologia comunitária. Origens, fundamentos e áreas de intervenção. Análise Psicológica (1997), 3(xv): 375-388. Disponível em http://www.scielo.mec.pt/pdf/aps/v15n3/v15n3a02.pdf