Erotismo

O erotismo é um estímulo sexual que se caracteriza por não apresentar o sexo de forma física e explícita.

Erotismo

O erotismo é um estímulo sexual que se caracteriza por não apresentar o sexo de forma física e explícita. É essa característica que o torna diferente da pornografia, ou seja, é uma ferramenta de sensualidade que traz maior conforto para o espírito.

Ao trabalhar numa perspetiva histórico-genealógica, percebemos de que forma a relação entre sexo e afetividade se tornaram fundamentais para compreender o erotismo na modernidade (Pinheiro, & Queiroz, 2012). Especialmente no século XIX, tendo como uma das suas questões centrais a própria constituição daquilo que nomeamos sexualidade, que é tomada como algo que faz parte da idealização de uma natureza humana vinculada à reprodução e ao seu aspeto essencial para a existência dos seres vivos, a sexualidade acabou por ser compreendida, em função disso, como detentora de um caráter de perenidade e de imutabilidade (Pinheiro, & Queiroz, 2012). Entretanto, foi precisamente com relação à reprodução que puderam ser definidos os desvios, as patologias e os tratamentos adequados ao que fugia a essa regra biológica (Pinheiro, & Queiroz, 2012). É daí que vem a preocupação com a manutenção da família burguesa, que se transformou no modelo ideal para todas as constituições familiares vindouras, tendo em vista os papéis de suas personagens e facilitando o regramento das suas práticas sexuais (Pinheiro, & Queiroz, 2012).

Os impulsos sexuais abrangem também sentimentos de amor (com já vimos) e de amizade, ou álibis tendências sexuais num fim, ou sublimes, que fazem parte da sua teoria de unidades, sob a forma de instintos sexuais que também podem ser utilizados na criação de cultura na sua diversidade (Garcia, Arcos, & Acosta, 2013). Portanto, pode-se argumentar que a sexualidade não é mais vista a partir da perspetiva reducionista meramente biológica, (Garcia, Arcos, & Acosta, 2013). Freud introduz uma nova reflexão sobre a vida sexual humana que nos permite constatar o conceito de sexualidade como um dos pilares da teoria psicanalítica, necessário para se referir a outros que estão intimamente conectados, como desejo sexual, líbido, corpo, inconsciente e erotismo (Garcia, Arcos, & Acosta, 2013).

Como dizem os autores, a partir das afirmações acima, a psicanálise pode ser considerada revolucionária do ponto de vista da destruição de mitos de ilusões, porque Freud revolucionou a visão da sexualidade humana no que concerne a tabus e valores. No ponto de vista implacável de Sigmund Freud, a ferida narcísica teria sido causada não só pela descoberta e formulação do inconsciente, mas também pela descoberta da sexualidade infantil em seres humanos, com toda a sua personagem do mal, e com a sua formulação dos instintos de morte, pelo que foi principalmente a descoberta da sexualidade infantil que levou ao escândalo, acerca da qual se atreveu a pensar: “como se atreve pervertendo a criatura inocente” (Garcia, Arcos, & Acosta, 2013).

Sexualidade contemporânea e diversidade

De acordo com a teoria freudiana a sexualidade assume infinitos encaminhamentos, trajetos e significados ao marcar assim, seu caráter de erotismo, hoje também experienciamos um sexo sem fim. Isso ocorre não apenas por estar presente em todos os contextos, seja na mídia eletrónica ou no quotidiano mais banal Cunha, 2010, p. 100, cit in Garcia, Arcos, & Acosta, 2013).

Dessa forma, o sexo, do ponto de vista médico e articulado com a tecnologia, encontra-se mais próximo de tentativas de aprimoramento saudável de desempenho do que necessariamente de uma busca pelo prazer (Pinheiro, & Queiroz, 2012). Deve-se desprover do sexo qualquer forma de desconforto, podendo até mesmo prescindir-se da existência de um parceiro, substitui-lo por encontros virtuais (Pinheiro, & Queiroz, 2012).

Com isso, se antes o sexo era valorizado em seus perigos e mistérios, hoje valoriza-se à luz do consumo de massa (Pinheiro, & Queiroz, 2012).

Conclusão

No âmbito desse estudo o erotismo caracteriza-se pela fantasia substituindo a pornografia. Falamos de sentimentos, impulsos e instintos como amizade, sentimento, amor.

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References:

  • Garcia, L.C.R., Arcos, V.H.R., & Acosta, L.F.M. (2013). Erotismo en la Sexualidad. Sexuality in Times of Eroticism. Young People, Their Myths and Rituals. Universidade Mariana / Colômbia. Acedido a 30 de junho de 2016 em http://revistadepsicologiagepu.es.tl/Erotismo-en-la-Sexualidad.htm;
  • Pinheiro, C.V.Q., & Queiroz, C.H. (2012). O encobrimento do erotismo na sexualidade contemporânea. Universidade Federal do Rio de Janeiro – Centro de Filosofia e Ciências Humanas – Instituto de Psicologia. Acedido a 30 de junho d 2016 em http://seer.psicologia.ufrj.br/index.php/abp/article/view/764/699.
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