Rock

Definição de Rock

O Rock é um género musical amplamente popular e conceptualmente vasto que engloba uma série de diferentes estilos. Tem as suas origens na década de quarenta nos Estados Unidos, sendo o resultado de uma combinação de elementos-chave de géneros musicais como o Jump-Blues e o Swing, com uma proeminência dada ao papel da guitarra eléctrica. O termo “Rock”, em si, seria primeiramente utilizado por alguns artistas de Blues no final da década de trinta, com vista a descrever músicas que detinham um ritmo mais acelerado e uma abordagem mais provocativa e rebelde na construção musical.

As estruturas musicais originais do Rock baseavam-se principalmente em sequências simples de versos/refrão, num compasso típico de 4/4, estando a guitarra na linha da frente musical, e tendo um ambiente mais pesado e mais acelerado que os seus géneros precedentes.

Quando se fala em Rock, fala-se principalmente numa forte presença de guitarras, tocadas a um volume mais alto, acompanhadas de baixo e de bateria. Para além do factor musical, o Rock era um estilo de vida, uma atitude. Assim, foi sempre ligado a uma atitude mais provocativa e rebelde para com o sistema e toda a cultura mais conservadora. Há todo um ideal de activismo político por detrás deste género musical, em particular uma promoção de mudanças radicais na forma como se encara o sexo, a raça e uso de drogas.

Evolução histórica

O Rock tornou-se mais popular ao longo dos anos cinquenta a partir de duas das suas formas originais: o Rock & Roll e o Rockabilly. O Rock & Roll surgiu como uma categoria para descrever os músicos Afro-americanos que tocavam uma versão mais rápida do Rhythm & Blues, como eram os casos de Little Richard e Chuck Berry. Já o Rockabilly tem a sua génese em artistas mais jovens associados ao Western Swing que começaram a incorporar um ritmo mais acelerado em músicas com influências Country. Artistas associados a este movimento são Carl Perkins e, principalmente, Elvis Presley. Este tipo de música acabaria por ser extremamente popular em 1958, no entanto começaria a decair em popularidade com a chegada do género musical Teen Pop, apesar do aparecimento do Surf Rock com bandas como os The Shadows ou os The Ventures já no final dos anos cinquenta e inícios dos anos sessenta, ou do Garage Rock nesta mesma altura.

Já na década de sessenta, um vasto número de bandas britânicas como os The Rolling Stones, os The Kinks e os The Beatles acabariam por combinar elementos do Blues americano e do Rock & Roll, gerando uma mescla entre a cultura musical americana e britânica, trazendo o Rock de volta às luzes da ribalta. Durante esta década, o Rock expandiria o uso e o recurso à guitarra eléctrica, utilizando diferentes tonalidades e efeitos, recorrendo a riffs cada vez mais pesados e solos de guitarra mais experimentais.

Seria a partir desta fase que o Rock tornar-se-ia globalmente popular, dando à luz uma vasta lista de subgéneros, dependendo dos elementos que eram enfatizados e explorados pelo artista. Por exemplo, o Punk Rock seria lapidado por uma atitude mais crua e linear na forma de actuar e construir a música. Já o uso de distorção na guitarra e em geral o recurso a um som mais agressivo abririam caminho ao Hard Rock e ao Heavy Metal.  A inserção dos teclados, combinados com escalas de guitarra, alterações no compasso da música e com a construção de melodias mais progressivas e complexas dariam mais notoriedade ao Rock Progressivo. Já o Speed Metal e o Thrash Metal caracterizar-se-iam por uma forma de tocar muito mais rápida.

Estes são apenas alguns dos exemplos em como o Rock poderia ser fundido com os vários tipos de elementos e propósitos musicais dos artistas. O Rock também seria combinado com outros géneros autónomos, com outro tipo de instrumentalização e influências, o que acabaria por ampliar as suas fronteiras, trazendo para o cenário musical o Folk Rock, o Funk Rock, o Blues Rock e uma série de outros subgéneros que tornar-se-iam igualmente conhecidos.

No passar das últimas décadas, a atitude rebelde que caracterizava o Rock pareceu diluir-se, à medida que o género tornou-se mais popular e comercial. Apesar de algumas bandas e artistas fazerem questão de reter os elementos originais da música Rock, a indústria comercial tratou de lapidá-los de maneira a que sejam de mais fácil consumo e digestão para o grande público. Em resposta a esta tendência, géneros como o Rock Alternativo e o Indie Rock surgiriam, representando a facção de artistas que queriam afastar-se da artificialidade e consumismo comercial, gravando e produzindo as suas obras de forma independente e longe das grandes empresas discográficas.

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