Conceito
Uma improvisação é uma execução motivada pela inspiração momentânea, ou seja, sem o auxílio de partitura escrita ou impressa, e sem a intervenção da memória. Por vezes, o termo é utilizado como título de uma obra que tem como objectivo expressar a impressão de uma improvisação.
A improvisação tem sido elemento musical constante e relevante ao longo dos séculos:
- Entre os séculos XII e XVII, esteve presente no descante vocal, uma composição medieval onde um cantor cantava uma linha fixa e outros acompanhavam improvisando.
- Nos séculos XVII e XVIII, era possível encontrá-la nas divisões dos intérpretes de viola, ou seja, a ornamentação improvisada de uma melodia introduzindo-se notas mais pequenas e a improvisação do executante do baixo contínuo.
- No século XVIII, Handel e outros compositores notavam apenas uma série de acordes nos prelúdios das suas suites, a partir dos quais os intérpretes desenvolviam as obras.
- Ainda no século XVIII e no princípio do século XIX, as execuções de tecla eram palco para a exibição de brilhantes virtuosismos (improvisados) por parte de músicos como Bach, Mozart, Beethoven, Hummel ou Clementi. Esta prática é ainda comum entre organistas nos dias de hoje.
- No jazz, a improvisação entre solistas faz parte da atracção da própria linguagem do género.
- No século XX, as características aleatórias ou de indeterminação de muitas obras são de carácter improvisório.
References:
Kennedy, M. (1994). Dicionário Oxford de Música. Publicações Dom Quixote.