Psicologia das emoções
A psicologia das emoções pretende compreender como elas se desencadeiam de acordo com os fatores internos ao indivíduo que provêm de diferentes situações.
A psicologia das emoções está diretamente ligada ao comportamento humano, uma vez que nos expressamos através da emoção, o que desencadeia o nosso comportamento (Casanova, Siqueira, & Silva, 2009).
As pesquisas levadas a cabo por Miguel (2015) levaram o autor a concluir que a emoção se trata de uma sensação momentânea devido a acontecimentos de caris afetivo que alteram o comportamento psicofisiológico do indivíduo.
De acordo com Casanova, Siqueira e Silva (2009) a emoção é uma reação neurológica que advém do sistema nervoso e que se expressa através de uma resposta imediata
Trata.se de fatores comportamentais, afetivos, subjetivos e cognitivos advêm de algo intrínseco a nós e refletem-se na nossa expressão facial (Miguel, 2015).
As reações mais comuns que temos a diferentes situações, são, de acordo com Casanova, Sequeira e Silva (2009) chorar, rir, tremer, desmaiar, entre outras.
Segundo a teoria d Darwin (1872/2000) as expressões faciais são inatas para o ser humano e até mesmo para outros primatas, uma vez que até mesmo pessoas que nascem cegas, conseguem exprimir emoções a partir das expressões (Miguel, 2015).
É preciso também compreender que as nossas emoções dependem da avaliação que fazemos de cada situação, ou seja, por exemplo, se um colaborador for despedido de uma empresa, pode associar o despedimento à sua dificuldade em ultrapassar os desafios que lhe são colocados, ou então sentir-se injustiçado por achar que era um colaborador exemplar (Miguel, 2015).
Numa outra situação, por exemplo, quando um adulto presencia o choro de um bebé, tenta automaticamente cuidar dele, por uma questão de sobrevivência da espécie que nos é inata (Casanova, Siqueira, & Silva, 2009).
As diferenças culturais e raciais influenciam também as nossas reações aos estímulos, provocando diferentes emoções que se traduzem em diferentes expressões faciais (Miguel, 2015).
Conclui-se que a expressão das emoções, bem como o controlo, é o que nos permite comunicar e relacionar com o mundo (Casanova, Siqueira, & Silva, 2009).
Reações corporais mais comuns, às emoções
- Subjetivas – afetos
- Fisiológicas – sudorese, dilatação das pupilas, alteração da batida cardíaca, etc
- Comportamentais – mudanças na voz, na postura, nos movimentos
(Miguel, 2015)
Expressão emocional
Miguel (2015) refere a expressão vocal, ou seja, o ritmo e o volume, os gestos, que diferem de cultura para cultura e são interpretados de diferentes formas, mas principalmente a expressão facial que cujos músculos da boca, são os principais associados à emoção, os da sobrancelha, da testa, do pescoço, e das pálpebras.
Quanto aos movimentos faciais desencadeados pelas emoções, Casanova, Sequeira e Silva (2009) referem que “…emoção se origina de duas outras palavras do latim – “ex movere” – que significam em movimento.” (Casanova, Sequeira, & Silva, 2009, p.3).
As emoções mais comuns são a raiva, a tristeza, a alegria, o nojo, a surpresa e o medo, cuja expressão facial se faz mostrar de diferentes formas (Casanova, Siqueira, & Silva, 2009; Miguel, 2015).
Cada uma destas reações expressas pelo ser humano, são respostas que o nosso corpo dá a cada estímulo que surge, de acordo com a interpretação que faz do mesmo (Casanova, Siqueira, & Silva, 2009).
A par disto há expressões que resultam da mistura de outras emoções como por exemplo a decepção, que resulta da junção da tristeza com a surpresa, a saudade, resulta da mistura da tristeza com a alegria, etc (Miguel, 2015).
Vale referir que que a expressão em si, das emoções, é inata e que não varia muito de povo para povo e de cultura para cultura, e o que difere é a transformação facial ocorrida (Miguel, 2015).
Casanova, Siqueira e Silva (2009) consideram que, quanto à abordagem psicológica propriamente dita, devido às normas socais pré estabelecidas, por vezes sentimos que certas reações são descontextualizadas e é nesse campo que surge a neurose em forma de stresse, angústia, fobia, etc que nos levam à necessidade de procurar ajuda externa para nos orientar na procura de uma forma mais saudável de gerir os acontecimentos.
Conclusão
Verificamos assim que as emoções são inatas ao ser humano e que a forma como se expressam varia muito entre si, no que diz respeito aos movimentos fisiológicos associados a cada uma delas. Quanto às diferenças entre as culturas, uma vez que cada uma tem as suas especificidades, é comum que determinado estimulo provoque diferentes reações a diferentes indivíduos quando estes se inserem em diferentes contextos culturais. Contudo, a forma como expressão o mesmo tipo de reação, por exemplo, surpresa, é o mesmo.
De salientar ainda que a psicologia das emoções se foca bastante na interpretação que fazemos de determinada situação porque esta, ao desencadear um tipo de reação, pode ser interpretada como adequada ou como inadequada.
References:
- Casanova, N., Sequeira, S, & Silva, V.M. (2009). EMOÇÕES. Trabalho desenvolvido no âmbito da disciplina “Psicologia Geral” do curso de Psicologia. [em linha] PSICOLOGIA.COM.PT. O PORTAL DOS PSICÓLOGOS. Disponível em http://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0132.pdf
- Miguel, F.K. (2015). Psicologia das emoções: uma proposta integrativa para compreender a expressão emocional. Psico-USF, Bragança Paulista. V.20, nº1, p. 153-162. Acedido a 16 de março de 2016 em http://www.scielo.br/pdf/pusf/v20n1/1413-8271-pusf-20-01-00153.pdf