O disco intervertebral é um disco fibrocartilaginoso que se situa entre duas vértebras, em toda a coluna vertebral, exceptuando-se apenas entre C1 e C2. O disco funcional mais inferior situa-se entre L5 e S1. Os discos intervertebrais correspondem a cerca de 20 a 25% do comprimento da coluna vertebral.
Cada disco intervertebral é constituído por um anel fibroso e um núcleo pulposo.
O anel fibroso corresponde à parte externa fibrosa do disco, composta por lamelas concêntricas de fibrocartilagem que formam a circunferência do disco intervertebral. As lamelas encontram-se dispostas de forma oblíqua, sendo que fibras de lamelas adjacentes têm uma obliquidade inversa, permitindo uma limitação da rotação entre vértebras adjacentes e providenciando uma forte ligação entre elas. O anel fibroso é menos vascularizado na sua zona central e apenas o terço externo recebe inervação sensorial.
O núcleo pulposo diz respeito à massa central gelatinosa do disco, constituída por uma grande percentagem de água. No nascimento, o núcleo tem cerca de 88% de água, mas desidrata progressivamente ao longo dos anos, tornando‐se menor e mais denso. A sua forma varia de acordo com as forças que lhe são aplicadas (de compressão ou de tensão) durante os vários movimentos da coluna vertebral. O núcleo é avascular, nutrido pela difusão das artérias da periferia do anel fibroso e do corpo vertebral.
Os discos intervertebrais contribuem para a formação das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral, possibilitam os seus movimentos e servem para a absorção de choques, dada a sua flexibilidade e capacidade de se deformarem. A altura e espessura de cada disco intervertebral varia de acordo com o segmento da coluna vertebral, sendo maior na coluna cervical e na coluna lombar e menor na coluna torácica, tendo em conta a amplitude de movimento requerida.
References:
Moore, K. L., Dalley, A. F., Agur, A. M. R. (2014), Clinically Oriented Anatomy (7th edition) Baltimore: Lippincott Williams& Wilkins (Chap. 4, pp 464-465)