Este artigo é patrocinado por: «A sua instituição aqui» |
O Castelo de Santiago do Cacém localiza-se na freguesia, cidade e concelho de Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal.
Numa posição dominante sobre uma modesta colina, o castelo controlava a planície vizinha. Atualmente integra a Região de Turismo da Costa Azul.
História do castelo de Santiago do Cacém
A ocupação primitiva humana deste local remonta a algumas tribos Celtas. Durante a romanização, a povoação que ali existia era denominada Miróbriga, integrando a jurisdição conventual de Pax Júlia (atualmente a zona de Beja). Apesar de ter sido ocupada pelos Alanos durante o início do século V, foi abandonada no século VI e a população deslocou-se para a colina vizinha mais próxima do mar. Esta nova povoação foi sucessivamente dominada pelos Visigodos e pelos Muçulmanos, quando passou a ser apelidada de Kassen.
Durante a Reconquista Cristã da Península Ibérica, Santiago do Cacém foi tomada em 1158 no contexto da conquista de Alcácer do Sal pelas forças de D. Afonso Henriques. Foi recuperada entre 1190 e 1191 pelas forças do califa Iacube Almançor.
Em 1217, durante o reinado de D. Afonso II, Santiago do Cacém passa definitivamente para a posse de Portugal, passando os monges dos cavaleiros da Ordem a ocupar-se da reconstrução das suas defesas.
Sob o reinado de D. Dinis, entre 1315 e 1336, o castelo esteve na posse de Vataça Láscaris, aia e amiga da rainha Santa Isabel. Em 1336 regressou aos domínios da Ordem de Santiago.
Durante a Dinastia Filipina, Filipe II de Espanha doou o castelo aos duques de Aveiro, em 1594.
O domínio do castelo retornou à posse da coroa em 1759. A partir daí o antigo castelo foi progressivamente abandonado e entrou em ruína. No século XIX as suas dependências foram utilizadas como cemitério da vila.
A 23 de junho de 1910 foi classificado como Monumento Nacional e mais recentemente foram promovidas intervenções de consolidação e restauro.
Características do castelo
O Castelo de Santiago do Cacém tem planta aproximadamente retangular, conservando os muros e traços da fortificação muçulmana. As muralhas ameadas são reforçadas por dez torres de planta quadrangular e cubelos semi-cilíndricos, defendidas externamente por uma barbacã reforçada por cubelos. Aqui destaca-se a torre de menagem.
Na área sudeste da muralha está a antiga Igreja Matriz de Santiago, onde é possível observar traços do primitivo estilo românico, gótico e os estilos de posteriores remodelações. No seu interior encontra-se um grupo escultórico em relevo, que representa Santiago combatendo os Mouros.
Na cidadela medieval estão preservados vestígios da alcáçova primitiva.