Infeção

Conceito de Infeção

Por infeção entende-se a invasão, entrada involuntária/indesejada, de microrganismos patogénicos no organismo humano resultando danos e consequentemente o aparecimento da doença.

São consideradas infeções hospitalares as infeções por microrganismos patogénicos que não estavam presentes ou a incubar na altura da admissão no hospital.

Aliados à infeção, existem outros termos importantes de se definir, como são o caso da contaminação, da inoculação, da inflamação e da colonização.

Declaramos que existe contaminação quando os organismos passam de um lado para o outro. Este processo resulta na presença de microrganismos patogénicos ou potencialmente perigosos no equipamento ou pessoa.

Já a inoculação é benéfica, na medida em que leva o organismo a desenvolver resistências (anticorpos), contra determinado microrganismo.

Quanto à colonização, é a multiplicação localizada de microrganismos, os quais podem derivar de contaminação ou inoculação sem qualquer reação tecidular e os quais se tornam parte da flora da pessoa.

É importante diferenciar inflamação de infeção. Assim, a inflamação resulta da infeção, sendo que é o primeiro sinal que conduz à infeção (o que está subjacente à inflamação é a infeção). É sinal de alerta, um sinal positivo do organismo que altera a pessoa. Os sinais de inflamação podem corresponder a locais de infeção, sendo que a inflamação pode ser provocada por agentes microbiológicos e por aspetos físicos e químicos.

As infeções hospitalares mais frequentes são as urinárias (cerca de 50%), as respiratórias (cerca de 22%), as feridas cirúrgicas (cerca de 20%) e a presença de bactérias na corrente sanguínea (bacteriemia) (cerca de 20%).

Existem várias repercussões das infeções hospitalares. Entre elas encontram-se o mal-estar/desconforto físico e psicológico para o doente; os aspetos psicológicos do doente e família – o doente vê a sua situação agravada por outra doença, prolonga-se o sofrimento físico e psíquico, pode conduzir à morte; os aspetos económicos e integração social do doente (maiores gastos para a família) – aumento da permanência no hospital dificultando a sua reinserção social e familiar, no emprego, no aumento do absentismo e aumento do tempo de ocupação da cama e para a instituição e para o Estado – o aumento do consumo de horas por parte dos profissionais, aumento do consumo de exames, de terapêutica o que implica uma maior resistência dos microrganismos e um maior tempo de ocupação da cama.

Inerentes a estas repercussões, os custos da infeção adquirida no hospital aumentam para o doente e família (questão da acessibilidade, do rendimento familiar), para o Estado ou sociedade em geral (absentismo) e para o próprio hospital (mais trabalho a pagar aos funcionários, mais exames complementares, mais material: compressas, antibióticos, medicamentos, entre outros).

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