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Apresentação da Sé Catedral de Viseu
A Sé Catedral de Viseu é um monumento nacional localizado na cidade de Viseu, cuja estrutura geral foi edificada no século XII e que possui na sua construção influências do estilo gótico, do estilo manuelino e do estilo barroco.
O edifício começou a ser construída ainda no século XII, quando o reinado de Portugal estava entregue ao Rei D. Afonso Henriques. O projeto da Sé Catedral de Viseu foi impulsionado pelo Bispo D. Odório e começou por ser uma catedral de estilo romântico. A Sé Catedral de Viseu já foi alvo de várias intervenções e reformas entre o século XIII e o século XVII: no século XVI no interior e na zona do claustro e no século XVII na fachada e na zona da capela-mor.
Exteriormente a catedral tem um aspecto imponente embora tenha aparência austera e mesmo pesada. Do estilo romântico destacam-se as duas torres que comprimem o frontispício e que se caracterizam por serem torres robustas, sineiras e de construção medieval. Entre as torres ergue-se o corpo central da catedral, em pedra, onde se distribuem seis nichos que englobam e albergam esculturas que representam os quatro Evangelistas com os respetivos símbolos, São Teotónio – homem de muitas virtudes e que também foi Prior da catedral entre os anos de 1112 e o ano de 1119 e que além disso é patrono da cidade de Viseu. Existe ainda também a figura da Senhora da Assunção, a padroeira da Sé. Ao centro da catedral encontra-se um arco abatido. A Sé Catedral de Viseu sofreu várias alterações ao longo dos tempos e viu o seu estilo ser profundamente alterado relativamente às reformas que foram feitas no edifício tais como restauros e acrescentos que lhe conferiram influências do estilo original – estilo romântico – mas também influências de estilo gótico, de estilo manuelino e de estilo barroco.
No reinado do rei D. Dinis a cidade de Viseu vivia um período áureo e como tal a Sé Catedral foi alvo de uma renovação profunda no seu edifício sob a alçada do bispo D. Egas, ainda no século XIII, no entanto a crise que ocorreu em Portugal entre os anos de 1383 a 1385 foram um ponto fulcral e nefasto para as obras de renovação da Sé Catedral e como tal as obras ficaram suspensas até ao momento em que o período de crise terminou. Desta maneira as obras continuaram após alguns anos, sob a alçada do novo bispo da cidade, D. João Vicente.
Na época manuelina foram também realizadas obras no edifício da Sé Catedral principalmente a nível estético e que até aos dias de hoje se fazem notar através das imponentes abóbadas das naves que cobrem a Sé desde o tempo do bispo de D. Diogo Ortiz de Vilhena e cuja execução esteve ao cargo de João de Castilho, um dos arquitetos mais emblemáticos e (re-) conhecidos do tempo manuelino.
A Sé sofreu também ações de D. Miguel da Silva, bispo da cidade de Viseu na época, protetor de Grão Vasco (Vasco Fernandes, pintor) que foi o artista responsável pelo grande retábulo da capela-mor da Sé de Viseu deixando assim influências renascentistas na obra.
Em 1635 uma das torres medievais da Sé ruiu e arrastou o portal manuelino existente e as obras de reconstrução da fachada foram bastante limitadas devido à contenção de despesas da época.
Outra das alterações que transformaram a Sé aconteceram por influência do estilo barroco que conferiu ao edifício revestimentos de talha dourada, de azulejos ricos e de pinturas da época. O atual retábulo barroco da Sé é da autoria de Francisco Machado, o elegante cadeiral do século XVIII, em madeira de jacarandá do Brasil é talhado de dourado, simbolizando assim o estilo barroco. A Sé possui ainda azulejos datados do século XVIII num corredor lateral que dá acesso à sacristia assim como pinturas imponentes no tecto de madeira e as paredes cobertas totalmente de azulejos de várias cores datados do século XVII sendo que estes motivos se estendem também ao claustro e à casa do cabido.
A Sé Catedral de Viseu é um ponto turístico de interesse na cidade de Viseu, atualmente tem função religiosa e também de museu e foi classificada como «Património Nacional».
