Fábrica de Pólvora de Barcarena

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A Fábrica de Pólvora de Barcarena localiza-se no vale de Barcarena, no concelho de Oeiras, no distrito de Lisboa.

O que em tempos era uma fábrica de pólvora, atualmente é um parque e um dos principais núcleos culturais de Oeiras, onde são realizadas atividades académicas, científicas e artísticas. Assim, na área extensa deste local inclui-se o Museu da Pólvora Negra, o Centro de Estudos Arqueológicos de Oeiras, o Centro de Experimentação Artística do Clube Português de Artes e Ideias, os viveiros municipais, a Universidade Atlântica e alguns restaurantes, parque de merendas e jardins.

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A fábrica estaria dividida em duas fábricas separadas pela ribeira de Barcarena, conhecidas por Fábrica de Baixo e Fábrica de Cima. Esta ribeira era fundamental para o funcionamento da fábrica, uma vez que era a partir dela que se extraia a água fundamental para a laboração. Ainda antes da inauguração da fábrica, as primeiras referências à ocupação do vale de Barcarena indicam a instalação de umas ferrarias para o fabrico de armas, em 1487. A fábrica foi criada depois de Barcarena ter sido elevada a reguengo.  Inicialmente designava-se por Ferrarias de El-Rei (instituídas por D. João II) e foi uma das fábricas de armas que D. Manuel I transformou na produção de armas. Com o passar dos anos o complexo foi sendo aumentado e a principal atividade passou a ser o fabrico de pólvora. Funcionou entre 1540 e 1940 e foi determinante para a vida económica e social da região durante vários séculos. Em 1995 a Câmara Municipal de Oeiras adquiriu a Fábrica da Pólvora e, estando desativado o seu funcionamento, optou pela transformação num núcleo de cultura.

Curiosidades sobre a Fábrica de Pólvora de Barcarena

  1. Quatro elementos são fundamentais para a produção de pólvora: salitre, enxofre, carvão e água.
  2. A fábrica de pólvora funcionou durante quase 400 anos.
  3. A Fábrica da Pólvora de Barcarena chegou a ser a única em laboração depois do decreto de 1651, que obrigou à demolição dos estabelecimentos de pólvora que não ofereciam segurança à população.
  4. Em 1805 aconteceu uma das explosões mais marcantes neste local, tendo provocado várias vítimas mortais e a ruína dos telhados e do interior das paredes da Fábrica de Baixo.
  5. Em 1972 aconteceu outra grande explosão, que foi decisiva para o encerramento.
  6. Em 1888 a fábrica tinha cerca de 150 operários.
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