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O Castelo de Silves situa-se na cidade, freguesia e concelho de Silves, no distrito de Faro, na região do Algarve.
O castelo encontra-se numa posição dominante sobre a foz do rio Arade, no alto da colina sobre a qual assenta a povoação. É o maior castelo da região algarvia e um exemplar único de arquitetura militar islâmica.
O castelo é visitável e está aberto todos os dias com horário variável. A visita tem o custo de 2,80€. Crianças, estudantes, portadores e Cartão Jovem e pessoas com mais de 65 anos usufruem de um desconto de 50 por cento sobre o preço do bilhete.
História do Castelo de Silves
No local onde atualmente se encontra o castelo de Silves existia uma antiga fortificação que se acredita ter sido construída pelos romanos ou visigodos.
Após os muçulmanos terem invadido a Península Ibérica, iniciaram a construção desta fortificação. Dada a localização da povoação as-Shilb, esta cresceu rapidamente. Com o seu apogeu, foi o palco de várias disputas. Assim, acabou por ser conquistada pelo rei Al-Um’tamid em 1052. Estima-se que terá sido nessa altura que a muralha envolvente de uma área com 12 hectares terá sido construída nessa altura.
No final do século XII a povoação era um centro urbano, comercial e cultural do mundo islâmico. No século seguinte Ibn al-Mahfur deu início à reforma almóada das suas defesas. Estas foram as linhas gerais do castelo que podemos ver nos dias de hoje.
Em 1189 D. Sancho I conquistou o castelo e a povoação. Estes mantiveram-se na posse de Portugal até 1191. Em 1242, os cavaleiros da Ordem de Santiago intentaram a reconquista de Silves. A reconquista apenas se concretizou em 1253. D. Afonso III concedeu-lhe o foral e determinou a recuperação e reforço das suas defesas. Nos reinados seguintes, também se promoveram reparos às defesas.
Em 1910 o Castelo de Silves foi classificado como Monumento Nacional. Nos anos 30 e 40 foram promovidas intervenções de restauro e consolidação. Desde 1984 que decorrem escavações arqueológicas no interior do castelo.
Características
A fortificação de Silves ocupa uma área de cerca de 12 mil metros quadrados. Erguida com o emprego de taipa e revestida com grés (arenito), a fortificação tem uma tonalidade avermelhada. A área urbana desenvolve-se pelas encostas nascente, sul e poente.
O castelo foi construído na extremidade nascente do topo do cerro com 56 metros de cota máxima. Tem uma muralha com planta de forma poligonal irregular, com quatro torreões e quatro quadrelas, com ameias, ligados por uma cortina de muralhas com adarve, rematadas por ameias com seteiras. A cortina de muralhas do castelo é composta por onze torreões.
A fortificação islâmica tinha duas áreas:
- Alcáçova – numa posição dominante na cota mais alta do terreno, com muralhas ameadas, reforçadas onze torres de planta quadrangular, sendo que duas são albarrãs e comunicam por uma passagem elevada em arco. A alcáçova tem ainda a Cisterna Moura (com cerca de 12 metros de altura) e a Cisterna dos Cães (com cerca de 70 metros de profundidade);
- Almedina – ligada à alcáçova por duas torres. A muralha envolve a povoação e é rasgada por três portas, sendo que apenas a Porta de Loulé se mantém atualmente. Esta porta tem um passadiço duplo, arcos de volta perfeita e é protegida por uma torre albarrã
No exterior do castelo, na proximidade da entrada principal, encontra-se uma escultura em bronze do rei D. Sancho I. Este é um monumento comemorativo do facto de este ter sido o primeiro rei a conquistar o castelo e a povoação de Silves aos mouros, em 1189.