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O Castelo de Marialva localiza-se na vila de Marialva, na freguesia e concelho de Mêda, no distrito da Guarda, em Portugal.
Localizado no topo de um penedo granítico em posição dominante sobre a vila e a planície cortada pela antiga estrada romana, o castelo tem uma posição estratégica.
História do Castelo de Marialva
Acredita-se que a ocupação primitiva deste local remonta a um castro dos Aravaros, uma das tribos em que se dividiam os Lusitanos. Após a Península Ibérica ter sido invadida pelos romanos, a povoação foi ampliada. Posteriormente foi ocupada pelos Visigodos e pelos Muçulmanos. Durante a Reconquista Cristã o local foi tomado pelos mouros.
Quando D. Afonso Henriques chegou, a povoação estava abandonada. A atribuição da carta de foral incentivou o seu repovoamento e defesa. Assim, as feições primitivas do castelo remonta a esta fase. D. Sancho I prosseguiu com as obras de edificação do castelo e promoveu a ampliação dos muros.
Durante a Restauração da Independência, o castelo foi alvo de novas obras e o baluarte foi adossado aos muros.
No final do século XX o conjunto arquitetónico despertou o interesse. Assim, foi classificado como Monumento Nacional a 12 de setembro de 1978. Em 1986 a celebração de um protocolo permitiu a realização de obras de recuperação.
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Características do monumento
Apesar de atualmente estar bastante arruinado, o Castelo de Marialva compreende dois núcleos amuralhados:
- A cidadela encontra-se na cota mais elevada do terreno e é integrada pela torre de menagem e por três torres defensivas. Comunica-se com a vila por duas portas;
- O núcleo civil ou urbano, no qual se encontra o pólo administrativo e o pólo religioso.
A muralha do castelo é de alvenaria de granito e compreendia o recinto urbano medieval. Tem uma planta ovalada irregular orgânica, adaptando-se à orientação do terreno. Na muralha há quatro portas:
- Porta do Anjo da Guarda – com formato de arco quebrado, encimada por abóbada de berço quebrado;
- Porta do Monte – em arco quebrado pelo interior e arco-pleno pelo exterior, é encimada por uma abóbada de berço quebrado;
- Porta de Santa Maria – em arco-pleno e encimada por abóbada de berço;
- Postigo – encimada por abóbada de berço e em arco-pleno.
No século XIV a muralha foi reforçada por três torres de planta quadrangular: Torre do Relógio, Torre do Monte e Torre dos Namorados.
