BoF 500

O que é o BoF 500?

BOF 500

BoF 500 é o índice profissional definitivo das 500 pessoas que moldam a indústria global da moda, um negócio avaliado em 2,4 trilhões de dólares norte americanos. A escolha é feita pelos editores do The Business of Fashion, com base em centenas de indicações recebidas dos atuais membros do BoF 500, extensa análise de dados e pesquisa.[1]

O índice é elaborado desde 2013, encontra-se na 6.ª edição, e já destacou cerca de 1000 profissionais. As personalidades que já figuraram os 500 mais influentes na moda incluem designers (225) , executivos (171), criativos (157), media (128), modelos e musas (104), catalisadores (91), vendedores (75) e especialistas em tecnologia adaptada à moda (48).

BoF 500 é da responsabilidade do website The Business of Fashion, um projecto fundado em 2007 por Imran Amed, consultor de negócios na área da moda, escritor e empreendedor digital. O Business of Fashion surgiu com o objetivo de apresentar um ponto de vista informado, analítico e opinativo sobre o negócio da moda. O site cresceu, tem hoje uma rede de profissionais em capitais de moda por todo o mundo e foca-se em designers emergentes, tecnologias disruptivas e marcas globais incontornáveis. [2]

A cronologia do índice BoF 500

2013

O lançamento do primeiro índice BoF 500 coincide com a primeira edição impressa do Business of Fashion, cuja capa é Tom Ford. Esta edição limitada inclui artigos de profundidade sobre alguns dos membros do BoF 500, incluindo Tom Ford, Angela Ahrendts (CEO da Burberry), Adrian Joffe (Comme des Garçons), e Sonam Kapoor (Bollywood). [3]

Dos 48 países representados, os que têm mais de uma dezena personalidades no índice são os Estados Unidos da América (118), o Reino Unido (97), França (47), Itália (64), China (27), Índia (19), Brasil (17), Canadá (11), Bélgica (11), Rússia (11) e Alemanha (11).

O empreendedor José Neves, fundador e chefe executivo da Farfetch, a loja online “unicórnio” que vende produtos de boutiques independentes por todo o mundo, é parte do índice BoF 500 desde o primeiro ano.

Felipe Oliveira Baptista, antigo Diretor Criativo da Lacoste e vencedor de várias competições de design, figurou o índice de 2013.

2014

Para coincidir com a segundo BoF 500, a terceira edição impressa do Business of Fashion foca-se nos multitalentosos e multifacetados. Pessoas a quem não lhes chega fazer bem uma só coisa, como o lendário designer Karl Lagerfeld – capa -, o conceituado escritor de moda Tim Blanks, o fotógrafo Mario Testino, consultora de negócios Caroline Issa, Maurizio Cattelan e Pierpaolo Ferrari da inovadora ToiletPaper e o diretor executivo da Nike Mark Parker. [4]

Dos 54 países representados, os que têm mais de uma dezena personalidades no índice são os Estados Unidos da América (110), o Reino Unido (100), França (60), Itália (45), China (26), Índia (20), Brazil (17), Japão (15) e Alemanha (11).

2015

Este foi o ano da Reinvenção. Pessoas, marcas e locais que se reestruturam para se adaptarem às forças do mercado, novas tecnologias, mudanças no comportamento do consumidor e uma frágil economia global. A reportagem de capa mostra Marco Bizzarri, CEO da Gucci, e Alessandro Michele, o diretor criativo escolhido que modificou a casa italiana em poucos meses e a tornou uma das marcas mais faladas de 2015. [5]

Dos 56 países representados, os que têm mais de uma dezena personalidades no índice são os Estados Unidos da América (116), o Reino Unido (90), França (61), Itália (46), China (24), Japão (17), Índia (15), Alemanha (14), Brazil (12) e Canadá (11).

A dupla portuguesa de designers Marques’Almeida, conhecida pelo seu trabalho inovador e estética crua, integrou o BoF 500 este ano depois de vencer em 2014 o Prémio British Fashion para Designer Feminino Emergente. Em 2015 viriam a ganhar também o Prémio LVMH para Jovens Designers de Moda. Foram incluídos todos os anos, desde 2015 no índice BoF 500. Neste ano, 103 novos nomes foram acrescentados.

2016

O oitavo lançamento da The Business of Fashion e o quarto BoF 500 destacaram a incontornável modelo e musa Kate Moss. [6]

Dos 54 países representados, os que têm mais de uma dezena personalidades no índice são os Estados Unidos da América (126), o Reino Unido (88), França (53), Itália (51), China (27), Índia (15), Japão (13) e Alemanha (11).

2017

O foco da edição celebrativa dos BoF 500 foi a próxima geração de consumidores (‘Generation Next’), com 4 capas: Selena Gomez, Adwoa Aboah, Lily-Rose Depp e Kris Wu. Os executivos da área moda encontram-se obcecados com as gerações Millennial e Gen-Z, poderosas impulsionadoras da cultura de consumo e 45% do mercado global de artigos de luxo até 2025, segundo a Bain & Company. [7]

Dos 56 países representados no BoF 500 2017, os que têm mais de uma dezena personalidades são os Estados Unidos da América (124), o Reino Unido (86), França (49), Itália (49), China (26), Índia (15), Japão (13) e Alemanha (13), Bélgica (13) e Rússia (12).

2018

Num momento em que a moda apresenta problemas profundamente enraizados, a edição de 2018 celebra aqueles que são os agentes de uma mudança tão necessária com quatro capas: os pioneiros (Francois Henri Pinault, CEO da Kering), os disruptores (Virgil Abloh), os inovadores (Yara Shahidi) e os ativistas (Kalpona Akter). [8]

Kalpona Akter não é modelo, nem designer, nem chefe executiva de nenhum império. É uma ex-trabalhadora infantil do Bangladesh e hoje, aos 42 anos, ativista e diretora executiva do Bangladesh Center for Worker Solidarity. Ela acredita que representa cerca de quatro milhões de pessoas que se encontram na base do fornecimento de produtos para a indústria da moda. O salário mínimo para trabalhadores de fábricas de vestuário no Bangladesh é de cerca de 68 dólares norte americanos por mês e Kalpona quer que este valor suba até aos 200 dólares até ao final do ano. [9]

Virgil Abloh, o primeiro diretor criativo de descendência africana na Louis Vuitton, é também um dos únicos designers negros a comandar uma casa de moda, juntamente com Ozwald Boateng e Olivier Rousteing, na Givenchy e Balmain, respectivamente. Esta disparidade representativa expõe também uma mensagem importante sobre a diversidade na indústria da moda.

O próprio índice de 2018 engloba apenas profissionais de 64 países, ainda que mais do que em qualquer outro ano. Os mais representados – com mais de uma dezena personalidades – são os Estados Unidos da América (129), o Reino Unido (78), França (47), Itália (43), China (33), Canadá (14), Japão (13), Índia (13), Bélgica (12) e Rússia (12). Foram adicionados 96 novos nomes aos já existentes.

Para além edição impressa da revista, o lançamento do BoF 500 foi celebrado com uma gala durante a Semana da Moda de Nova Iorque.

Hall of Fame (‘Memorial da Fama’)

São 142 os profissionais que têm lugar cativo no Hall of Fame do BoF 500, vindos de 28 nações. Nomes incontornáveis como os designers Calvin Klein, Marc Jacobs, Yohji Yamamoto ou Valentino Garavani, executivos como Amancio Ortega Gaona (Inditex), Bernard Arnault (LVMH) ou Stefan Persson (H&M), criativos como os fotógrafos Steven Meisel, a diretora criativa Grace Coddington ou a maquilhadores Pat McGrath, media como a Editora Chefe Anna Wintour (Vogue USA), a stylist Carine Roitfeld (Vogue France) ou a editora internacional Suzy Menkes (Condé Nast International), modelos e musas como Naomi Campbell, Gisele Bündchen, Iman ou Iris Apfel, catalisadores como a relações públicas Michèle Montagne e os consultores Linda Loppa e Jean-Jacques Picart, vendedores como Carla Sozzani (10 Corso Como) ou Sarah Andelman (Colette) e os especialistas em tecnologia Natalie Massenet (Farfetch) e Tom & Ruth Chapman (Matchesfashion.com).

487 Visualizações 1 Total