Vikings

Os Vikings emergiram no início do século IX enquanto potência e foco de instabilidade para o resto da Europa, graças à sua mestria na construção naval, navegaram até ao Continente Americano e Leste Europeu. Tiveram uma forte influência na vida política da Alta Idade Média.

Por Viking entende-se o conjunto de populações residentes na Alta Idade Média na Suécia, Dinamarca e Noruega. A sua capacidade de navegação tanto em rio como no mar alto, utilizando os seus navios, os Dracar possibilitou a estes povos colonizar, saqueador, explorar e criar rotas comerciais um pouco por todo o mundo conhecido.

Colonizaram a Islândia e Gronelândia, estabeleceram colónias nas ilhas britânicas, foi-lhes atribuída a governação do Ducado da Normandia na França, que mais tarde na pessoa de Guilherme, o Conquistador, viria a ocupar o trono inglês. Estabeleceram rotas comerciais para o leste da Europa, onde combateram ao lado das entidades locais como mercenários. A guerra era uma das características centrais da sua cultura, e a morte em combate como garante de passagem pelos portões de Valhala.

Chegaram às costas do continente Americano ainda antes de Cristóvão Colombo, tentaram estabelecer uma colónia na zona costeira do Canadá mas a hostilidade por parte dos indígenas impediu que esta comunidade pudesse prosperar e foi abandonada.

Chegaram a Constantinopla, Principado de Kiev e Rússia com quem tinham boas relações comerciais. Conquistaram espaços territoriais no Mediterrâneo, mais concretamente no Sul da Península Itálica e Sicília. Em 911 é-lhes entregue pelo rei de França o Ducado da Normandia, em troca da conversão ao cristianismo e a suspensão dos ataques à costa francesa, os raides Viking estendiam-se até a Península Ibérica.

A Inglaterra foi o reino mais assolado pelas incursões Vikings, nele tentaram formar um novo reino, conquistaram grande parte do território, e por alguns momentos conseguiram ter monarcas a reinar neste espaço. Mais tarde um descendente dos Viking fixados na Normandia, Guilherme, acabaria por conquistar todo o reino, colocando um ponto final na governação anglo-saxónica nas ilhas britânicas. Esta época áurea dos nórdicos e ascendente relativamente ao resto da Europa ficou conhecida como Era Viking.

Não é certo em certos historiográficos a origem da palavra Viking, certos historiadores defendem que a sua origem pode ser relacionada com o nórdico antigo, língua falada pelos Vikings, cujo significado estaria associado às viagens comerciais, à aventura e às proezas militares. Outros historiadores defendem que pode ter origem na palavra wic do inglês antigo, representativa da palavra mercador.

Para o declínio e recuar da influência nórdica na Europa, contribuiu a fixação dos Reinos da Dinamarca, Noruega e Suécia, colocando maior foco na centralização do poder e resolução de problemas internos, a conversação gradual da Escandinávia ao cristianismo e consequente política de que um cristão não podia fazer mal a outro cristão, conceito presente nas Tréguas e Paz de Deus. Com a ideologia cristã como mote central religioso da cultura Viking, estes viam-se impedidos de executar os actos de pirataria e pilhagem que tanto caracterizavam os nórdicos. Em suma, os Vikings adoptaram o mesmo tipo de comportamento das restantes entidades governativas europeias, foram assimilados.

Em termos sociais os Thrall, escravos, aprisionados após os saques eram a base da pirâmide social Viking, executavam os trabalhos mais dores, os karts eram os homens e mulheres livres, com pouca riqueza ou propriedades, geralmente eram comerciantes, pescadores ou agricultores. A sociedade Viking não era uma sociedade urbana, até a assimilação com os costumes europeus as cidades eram muito pequenas e serviam essencialmente como entrepostos comerciais.

A pirâmide social Viking não tinha nobreza, o que assemelhava-se á nobreza eram os proprietários ricos os jarls. No topo da pirâmide estava o Rei.

Antes da conversão ao cristianismo acreditavam num conjunto de divindades que habitava em Asgard, contrariamente ao cristianismo que assente os seus preceitos em bem e mal, a antiga religião nórdica assente a sua ideologia na ordem e caos e que nada nem ninguém é totalmente bom ou mau.

Mediante os factores acima descritos a prevalência Viking chegou ao fim após a assimilação com os costumes europeus. É possível datar a época de maior influência Viking até meados do século XI.

O legado Viking é visível na mitologia nórdica, que actualmente embora não seja alvo de adoração é alvo de inspiração para filmes, músicas, livros, séries e jogos. Em termos políticos, os seus descendentes assumiram papéis de relevo nas monarquias europeias. Numa época em que as rotas comerciais a sul, estavam bloqueados pelo avanço islâmico, serviram como alternativa comercial e de transporte de bens e pessoas entre os diversos pontos da Europa Cristã.

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