Dilma Rousseff refere-se à trigésima sexta presidente do Brasil. A economista e política brasileira é filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) e foi deposta em 2016, após sofrer um golpe de Estado do seu vice, Michel Temer.
A primeira presidente mulher do Brasil foi eleita através de voto direto em 2010. Tomou posse no dia primeiro de janeiro de 2011 e chegou a se eleger para um segundo mandato. Durante este, Dilma Rousseff enfrentou uma grande crise económica e política no país, sendo destituída de seu cargo oficialmente no dia 31 de agosto de 2016.
Vida de Dilma Roussef
Dilma Vana Rousseff nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, no dia 14 de dezembro de 1947, ou seja, atualmente tem 70 anos de idade. Originária de família de classe média alta, Dilma sempre se interessou pelo socialismo e chegou a fazer parte da luta armada de esquerda durante o Golpe Militar.
Após participar de diversos grupos de libertação nacional contra a ditadura, Dilma chegou a passar dois anos reclusa, entre 1970 e 1972. Ela foi vítima de tortura pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) na altura. Punida pelo decreto de lei 477, Dilma Rousseff foi expulsa da Universidade Federal de Minas Gerais.
Por isso, ela foi para o Sul e prestou vestibular em economia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Apesar de ser mineira, Dilma constituiu família em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, depois de recuperar-se do passado violento. Lá, ela encontrou seu companheiro, Carlos Araújo, um dos membros fundadores do Partido Democrático Trabalhista (PDT).
De 1985 a 1988, durante a gestão de Alceu Collares à frente da prefeitura de Porto Alegre, foi Secretária Municipal da Fazenda. De 1991 a 1993 foi presidente da Fundação de Economia e Estatística e foi Secretária Estadual de Minas e Energia entre os períodos de 1993 a 1994.
E manteve-se no mesmo cargo de 1999 a 2002, durante o governo de Alceu Collares e do sucessor Olívio Dutra. Em 2001 decidiu filiar-se no PT. No ano seguinte, participou da equipe que formulou o plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a área energética.
Dilma Rousseff no governo Lula
Dilma ficou mais conhecida e popular quando se tornou ministra-chefe do Ministério de Minas e Energia e, posteriormente da Casa Civil, no governo Lula. Como Lula já havia sido presidente durante dois mandatos inteiros, e por este motivo não poderia concorrer mais um consecutivo, o PT indicou Dilma para concorrer a presidente da república em 2010.
A economista, que até então se dividia entre Brasília e Porto Alegre, passou a ocupar o cargo máximo brasileiro. Em 26 de outubro de 2014 foi reeleita, também no segundo turno das eleições, mas ainda assim com maioria absoluta de votos. Mais de 54 milhões de brasileiros optaram por Dilma Rousseff como chefe de estado.
Mandatos de Dilma Rousseff
O primeiro mandato da presidenta teve um final turbulento por conta dos protestos históricos em 2013. A insatisfação de parte da população com os poderes Executivo e Legislativo e a má cobertura dos média abalaram seu governo.
Na época, as pesquisas do Datafolha mostraram que a popularidade e aprovação de Dilma foi de 55% para somente 31%. Uma das maiores quedas e descontentamentos desde Fernando Collor. Por conta disso, Dilma anunciou a criação de cinco pactos e um plebiscito para constituinte da reforma política.
Em setembro do mesmo ano, documentos classificados dos Estados Unidos da América (EUA) vazaram espionagens feitas sobre o governo Brasileiro pelos norte-americanos. Diversos dados sobre corrupção política foram divulgados sem serem confirmados pelos veículos de comunicação.
A crise inflamou e foi parar nas Nações Unidas. No segundo mandato, os protestos aumentaram, forçando Dilma a fazer diversos acordos e modificações no governo. Em abril de 2016, o Senado Federal instaurou o processo de impeachment contra a presidenta. Apesar do apoio de diversas entidades, como Mercosul, Dilma Rousseff acabou sendo deposta no dia 31 de agosto de 2016.
Atualmente, Dilma mora em Porto Alegre e está aposentada.