O Império Selêucida foi fundado por Seleuco em 321 a.C.. Com a conquista do Império Aqueménida por parte de Alexandre, os gregos controlavam um território que estendia-se da Europa até o Médio Oriente, Ásia Central e Norte da Índia. A morte de Alexandre em 323 sem descendentes e ainda jovem provocou, uma luta pelo controlo dos territórios entre os generais de Alexandre.
Seleuco era um desses generais, juntamente com Lisímaco, outro dos generais que assumiu o controlo de parcelas do Império de Alexandre, ocupou a Babilónia, anterior sede do poder Aqueménida e de Alexandre. Aí fundou um Império que estendia-se até à Ásia Menor e que ficaria conhecido como Império Selêucida, em homenagem ao seu fundador.
Com Lisímaco que controlava a Trácia e Macedónia como aliado, Seleuco estendeu o seu domínio ao norte da Síria e parte oriental da Anatólia em 301, ao vencer Antígono Monoftalmo na Batalha de Ipso. Na Batalha de Kurupedion em 281, os velhos aliados tornaram-se inimigos. Lisímaco temia o poder que Seleuco havia atingido, assim aliou-se a Ptolomeu, outro general de Alexandre na tentativa de o derrotar, desta Batalha resultaria a morte de Lisímaco e a expansão de Seleuco para o restante da Anatólia.
Seleuco logo de seguida tentou reivindicar os territórios da Macedónia e Trácia, mas ao chegar ao continente europeu foi assassinado pelos aliados de Lisímaco, colocando um travão no expansionismo do Império Selêucida.
O Império nunca foi capaz de incorporar os restantes territórios de Alexandre, a parte europeia e o Egipto. O Império Selêucida ocupava a maior parcela, ocupando a parte asiática do antigo Império. Em termos de política, tentou manter os preceitos de governação de Alexandre de simbiose administrativa, judicial e cultural, entre o pensamento Persa e o Helénico, assente também numa miscigenação populacional. Persas e gregos eram vistos como iguais.
Nas décadas seguintes, lentamente o Império foi perdendo concessões com a formação de Reinos independentes ou autónomos na Anatólia, a perda de territórios para o reino Helénico do Egipto no Médio Oriente, e algumas revoltas de vassalos na Pérsia. Dos quais destacam-se os Partas, que mais tarde fundariam o Império Parta.
O fim deste outrora poderoso Império iniciar-se-ia com a expansão dos antigos vassalos Partas na Pérsia e Mesopotâmia, privando o Império de uma valiosa fonte financeira e de recrutamento. Mas o que ditou o fim desta entidade política foi o conflito com Roma, a superpotência em ascensão, relativamente às cidades gregas. Pompeu acabaria por conquistar o reminiscente do Império Selêucida na Anatólia no século I a. C., tornando este espaço uma província Romana.
Os conflitos entre gregos, egípcios e selêucidas, provocaram um enfraquecimento destas entidades políticas, que viram-se impotentes para travar o avanço de Roma, que colocou um ponto final no domínio helénico iniciado com Alexandre o Grande.
References:
T. R. Martin; Breve História da Grécia Clássica. Da pré-história à época helenística, Editorial Presença, 1998