Fernando Santos é o atual selecionador nacional e que levou a equipa nacional ao titulo europeu. Na sua carreira de treinador, já treinou os três grandes clubes nacionais.
Fernando Santos nasceu a 10 de Outubro de 1954, em Lisboa, tendo-se desde muito novo se virado para o futebol, começando a jogar nos escalões jovens do SL Benfica. Sem grande sucesso, o então defesa foi para o Estoril Praia, onde fez praticamente toda a sua carreira sénior entre 1971 e 1987, à excepção da época de 1979/1980, onde marcou presença no plantel do Marítimo. Logo de seguida, embarcou na carreira de treinador, onde teve muito mais sucesso. A sua carreira de treinador começou quando tomou as rédeas do Estoril Praia, em 1987/1988, equipa que militava a Zona Sul da II Divisão. Com a equipa da linha, obteve duas subidas de divisão nos sete anos que esteve à frente da equipa canarinha levando-os à primeira divisão nacional, onde conseguiu manter o Estoril na principal divisão nas duas épocas seguintes, saindo a meio da temporada seguinte devido aos maus resultados sendo substituído por Carlos Manuel. Não demorou muito tempo no desemprego. No início da temporada de 1994/1995, o engenheiro ingressa no Estrela da Amadora, onde faz quatro épocas completas e sempre em crescendo, com um 15º lugar (94/95), depois um 13º (95/96), um 9º lugar em 96/97 e em 1997/1998, Fernando Santos coloca a equipa do Estrela num 7º lugar, igualando a melhor posição de sempre que alguma vez o clube tinha atingido. Seguiu-se um desafio maior. O maior de todos na altura em Portugal. Futebol Clube do Porto. Tetra campeão nacional contratava Fernando Santos para seu timoneiro e com ele chegaria o penta, tendo Fernando Santos ganho o cognome de “Engenheiro do Penta”. Já tinha ganho a Supertaça nessa época e repetiria na época seguinte (99/00), ano em que conquistaria a sua primeira Taça de Portugal, falhando o objectivo principal, ao terminar o campeonato no 2º posto. Repetiria essa posição em 2000/2001, conquistando apenas a Taça de Portugal na sua última época aos comandos da equipa do Porto. Tem a sua primeira aventura além-fronteiras, mais precisamente, no AEK de Atenas, na Grécia, onde vence a Taça da Grécia e intromete-se no domínio de Olympiacos e Panathinaikos na luta pelo título no seu primeiro ano no clube, conquistando o capital de confiança dos adeptos e da estrutura directiva. Ainda assim, parte rumo ao Panathinaikos, onde não é feliz e após um mau arranque é despedido sem que lhe dessem tempo para assentar as suas ideias. Voltava para treinar um grande em Portugal, desta vez, o Sporting contava com os seus préstimos para a época de 2003/2004 e colocou a equipa de Alvalade na terceira posição. Só ficou esse ano porque o AEK queria o técnico português de volta à Grécia, onde ficaria duas épocas, no caso, em 2004/2005 e 2005/2006. Sempre na luta pelo titulo, mordendo os calcanhares de Olympiacos e Panathinaikos, alcançando o terceiro e segundo lugares, respectivamente. Volta a ligar o telefone de Portugal com uma proposta de contrato que Fernando Santos não recusaria. Desta vez, o SL Benfica, clube pelo qual chegou a jogar, foi o clube que escolheu Fernando Santos, sendo que seria dos poucos que treinaria os três grandes em Portugal. Em 2006/2007, um campeonato renhido viu o Porto ser campeão e o SL Benfica ter ficado em terceiro lugar, o que condicionaria a sua prestação temporada seguinte, mas nem chegou a aquecer muito o lugar nessa segunda época, já que seria despedido logo no inicio de época. Regressou à Grécia, desta feita, ao PAOK, ainda nessa época de 2007/2008. Terminaria o campeonato na nona posição mas nas duas épocas seguintes, colocou a equipa em patamares europeus, com um segundo e um terceiro lugares, respectivamente, nos anos de 2008/2009 e 2009/2010. Com o fantástico trabalho realizado em várias equipas gregas e depois da campanha realizada por Otto Rehhagel na selecção grega ter sido culminada por uma vitória no Euro 2004, Fernando Santos foi convidado para seleccionador nacional grego, cargo que aceitou e no qual se manteve entre 2010 e 2014. Qualificou a selecção para ambas as provas do ciclo de quatro anos, portanto, um Europeu e um Mundial, ficando-se pelos quartos-de-final no Euro 2012 e pelos oitavos de final no Mundial de 2014. Reconhecido pelo seu trabalho à frente da selecção grega e depois de um mau início de campanha luso que levou à demissão de Paulo Bento do cargo de seleccionador, surge Fernando Santos como hipótese para ser o sucessor, ainda que com uma condicionante. O Engenheiro tinha que cumprir um castigo que fora reduzido do tempo do Mundial 2014 e apesar de ser o seleccionador não poderia orientar a selecção nos primeiros jogos. Não afectou a equipa e a selecção nacional conseguiu vencer todos os encontros da fase de qualificação para o Euro 2016 e na fase final da prova, surpreendeu tudo e todos, ao conquistar o título europeu, algo que Fernando Santos sempre acreditara desde o início. Actualmente, lidera a selecção nacional rumo ao Mundial 2018.
