Raúl González Blanco, nasceu na capital espanhola, Madrid, a 27 de Junho de 1977. É um ex-futebolista, actuava como avançado e é um dos maiores jogadores espanhóis e do Real Madrid de todos os tempos, onde passou grande parte da carreira, que terminou em 2015.
Desde o berço que a cor branca faz parte da vida de Raúl, herdou o nome Blanco, em português branco, do seu pai, viria a ser vestido com o branco do Real Madrid que se tornaria uma lenda do futebol mundial. Antes de chegar ao Real Madrid, Raúl começou a jogar futebol ainda em criança no CD San Cristóbal de los Ángeles, de onde rapidamente saiu para o Atlético de Madrid, que ficou convencido pelo jovem talento e o colocou nos seus escalões de formação, individualmente as coisas corriam bem a Raúl, no entanto, o Atlético de Madrid, enfrentava uma grave crise financeira que obrigava a redução de custos, foi então que o presidente do clube Jesús Gil e Gil mandou encerrar a academia do clube, levando a que jovens como Raúl tivessem de seguir outro caminho. O caminho de Raúl foi o do Real Madrid, entrando para a equipa de formação do clube.
Com um crescimento de sucesso foi passando pelos diferentes escalões do clube até 1994, quando o treinador Jorge Valdano, convencido pelas suas exibições levou-o para a equipa principal. Estreou-se com 17 anos e 124, o que na altura foi um record como jogador mais jovem de sempre jogar pela equipa principal, substituiu Emilio Butragueño, uma lenda do clube, numa substituição que hoje analisada, pode ser vista como uma passagem de testemunho. Apesar da tenra idade, Raúl atingiu a notável marca de 30 jogos, apontando 10 golos, números que deixaram os adeptos do clube de água na boca, com a nova pérola do clube.
E Raúl não deixou os créditos por mãos alheias e nas épocas seguintes afirmou-se como um indiscutível e um dos preferidos do Santiago Bernabéu. Seguiram-se épocas de grande sucesso com a camisola merengue, no total foram dezasseis anos ao serviço do Real Madrid, onde os títulos foram constantes. Venceu por seis vezes a liga espanhola e por quatro vezes a supertaça de Espanha, curiosamente, faltou-lhe a Taça do Rei para fazer o pleno de troféus, na Europa venceu por três vezes a liga dos campeões, duas vezes a taça intercontinental e por uma vez a supertaça europeia.
Sempre como um titular indiscutível, tornou-se no jogador com mais jogos pelo clube, com um total de 741 partidas oficiais. Além de jogos, os golos estiveram sempre presentes com Raúl, apontou 323 golos oficiais, tornando-se no maior goleador da história do clube, record, que viria a ser batido mais tarde por Cristiano Ronaldo.
Após a saída de Fernando Hierro em 2003, tornou-se capitão de equipa, foi o líder do balneário da geração dos galácticos e mesmo com os diferentes egos presentes, teve sempre o respeito de todos os seus companheiros e treinadores. Envergou a braçadeira até sair do clube em 2010, com 33 anos, dizia adeus à casa que o viu nascer para o futebol, tal com o Santiago Bernabéu despedia-se de um dos maiores que alguma vez vestiu a camisola “blanca”.
Após abandonar Madrid, rumou ao campeonato alemão, para representar o Shalke 04, assinou por temporadas e apesar da idade, revelou todos os dotes pelos quais ficou reconhecido, com uma regularidade impressionante, fez um total de 98 jogos e marcou 40 golos, além dos números individuais, ainda contribuiu para a conquista de uma taça da Alemanha do clube, com o final do contrato, o clube alemão tentou prolongar a ligação ao clube, mas Raúl, quis sair da alta roda do futebol em alta e aceitou a chamada do Catar, rumando ao Al Sadd em 2012.
Realizou duas épocas no clube, realizou 44 jogos e apontou 1 golos, uma boa média para um jogador já com os seus 35 anos, além dos golos ajudou o Al Sadd a quebrar com o jejum de títulos e venceu a liga por uma vez, antes de rumar aos New York Cosmos, nos Estados Unidos, onde fez uma época e retirou-se dos relvados aos 38 anos.
Raúl é considerado um dos maiores jogadores espanhóis de todos os tempos, os números ao serviço da selecção demonstram isso mesmo, fez 102 jogos oficiais, que fazem dele o décimo mais internacional de sempre e apontou 44 golos, que o colocam apenas atrás de David Villa na lista dos melhores marcadores de sempre.