O termo Prolongamento, aplicado num jogo de futebol, designa o período suplementar de trinta minutos acrescentado ao tempo regulamentar de uma partida. Caso um encontro termine empatado entre duas equipas após os noventa minutos normais, o prolongamento contempla que se jogue mais meia hora, para que haja um desempate e um vencedor definitivo. O tempo deste período divide-se em duas partes de quinze minutos cada, sendo que podem ser concedidos tempos de desconto em qualquer uma delas (devido a paragens de diversa ordem durante o encontro), decidido pelo árbitro.
Existem três formatos de prolongamento, sendo que o único em vigor em competições oficiais da FIFA é o formato original, em que se disputam os trinta minutos completos para se encontrar uma equipa vencedora. Caso o empate se mantenha, haverá lugar à marcação de grandes penalidades, cinco para cada lado. Se ao fim dos cinco penáltis nenhuma das equipas tiver falhado dando vantagem à outra, continuará a marcação de um penálti por vez para cada formação, até que alguma falhe e a outra marque.
Os outros dois formatos – o “golo de ouro” e o “golo de prata” – foram abolidos pelo International Board, organismo regulador das leis do futebol, em 2004. O “golo de ouro” determina que a primeira equipa a marcar no prolongamento vence imediatamente o jogo, enquanto o “golo de prata” regulamenta que se houver uma equipa que chegue em vantagem ao intervalo da primeira parte do prolongamento vence a partida, terminando aí o jogo sem que haja lugar à segunda parte.
Em competições disputadas a duas mãos, como por exemplo no caso das eliminatórias das competições europeias de clubes, Liga Europa e Liga dos Campeões, também está previsto o prolongamento caso haja um empate nos resultados dos dois jogos (fora e em casa). Nessa situação, o prolongamento continua a ser disputado imediatamente a seguir aos 90 minutos do jogo da segunda mão. Têm sido levantadas algumas questões relativamente a justiça desta regra, uma vez que a equipa da casa irá disputar mais 30 minutos no seu terreno, em virtude de ter jogado fora na primeira mão. Os golos marcados fora (pela equipa visitante) durante o prolongamento nestas situações também valem “a dobrar”.
A selecção portuguesa de futebol já foi eliminada duas vezes no prolongamento de competições internacionais, curiosamente frente à mesma equipa, a França, no Europeu de 1984 e de 2000. Em 84, até marcou primeiro no prolongamento, mas a selecção francesa acabou por virar o resultado, vencendo por 3-2. Em 2000, foram os “gauleses” a marcar primeiro, num penálti polémico convertido por Zinedine Zidane, a castigar uma falta do lateral direito português Abel Xavier, vencendo o jogo com esse lance graças ao “golo de ouro”.