O que é o Antracite
O antracito, ou antracite, é um tipo de carvão húmico, os quais são resultantes da acumulação de plantas incarbonizadas que na sua formação passaram por uma fase inicial húmica. Dividem-se em carvão de cutina em que o material vegetal é constituído por restos de folhas, esporos e pólen e em carvões lenho-celulósicos formados por tecidos lenhosos e celulose. Este tipo de carvão pode subdividir-se em turfa, lenhito, hulha e antracite.
Para se caracterizar os tipos de carvão são utilizadas propriedades físicas como a cor, o brilho, a densidade, e diversas propriedades químicas, nomeadamente a sua composição química. Se a caracterização for para fins industriais, deve-se ter em conta também o teor de cinzas, água, carbono, matérias voláteis e ainda o poder calorífico.
No caso específico do antracite, este é um carvão de cor preta, compacto, com um brilho intenso, submetálico e fratura concoidal. É pobre em substâncias voláteis, arde com dificuldade, e praticamente sem chama e sem fumo. Observado ao microscópio, verifica-se que os detritos lenhosos se encontram bastante alterados e dispersos numa massa intersticial muito abundante. O antracite contém mais de 90% de carbono, o que o torna um carvão de combustão lenta. Devido a estas características, o antracite liberta alta energia por quilo e queima com libertação de pouca fuligem, o que o torna uma variedade de carvão mais procurado e desta forma de valor mais alto. É também muito utilizado em filtros de tratamento de água com resultados muito bons.
A ocorrência de bacias carboníferas de hulha e antracite estão associadas a cadeias montanhosas antigas. Nestas bacias as camadas de carvão de espessura variável, alternam com camadas estéreis, areníticas e xistosas – o conjunto repete-se originando sequências rítmicas. Em Portugal o antracito explorou-se na bacia carbonífera do Douro, na mina de São Pedro da Cova, e na mina do Pejão, embora ambas se encontrem atualmente esgotadas.
