Apresentação do rio Zêzere
O Zêzere é um rio de Portugal, com 214 km de extensão, afluente do rio Tejo, sendo o segundo rio inteiramente português, logo após o rio Mondego. Nasce no alto da Serra da Estrela, num local conhecido como Cântaro Magro, a cerca de 1900 metros de altitude, desaguando na margem direita do Tejo junta da vila de Constância. Ao longo do seu percurso recebe as águas de diversos afluentes, entre os quais as do rio Nabão, formando uma bacia hidrográfica de 5.043 km2 de área. O seu regime predominantemente pluvial faz com que os seus caudais sejam extraordinariamente variáveis de ano para ano e de estação para estação. Para aproveitamento hidroelétrico foram construídas 3 barragens ao longo do seu percurso, uma das quais a Barragem de Castelo do Bode, uma das maiores do país, formando uma extensa albufeira.
Percurso do rio
A parte inicial do seu percurso é efetuada ao longo de um antigo e majestoso vale glaciário instalado ao longo de uma falha na serra de orientação sudoeste-nordeste. No final do vale glaciar o rio atravessa a bela e pitoresca vila de Manteigas, onde existem viveiros para criação de peixes. Após sair da serra o rio faz uma curva acentuada para a direira, passando a correr no sentido sudoeste, passando junto de Belmonte e da Covilhã.
A partir daí o rio inicia um percurso muito sinuoso, formando um verdadeiro fosso (conhecido como o ‘fosso do Zêzere’), o qual separa, de um lado a Serra do Açor (1418 m) e a Serra da Lousã (1204 m) e do outro a Serra de Alvelos (1084 m), a Serra da Gardunha (1227 m) e a Serra do Muradal (915 m).
Próximo de Cambas (Oleiros), entre as aldeias de Janeiro de Cima e Álvaro, inicia-se a albufeira da Barragem do Cabril e um troço de curvas e contracurvas que o Geopark Naturtejo da Meseta Meridional designou por ‘Meandros do Zêzere’. Seguem-se as Barragens de Bouça e de Castelo do Bode, cujas albufeiras em conjunto formam um lago artificial com cerca de 6.000 hectares.